O que é competência?

Vou transcrever uma estorinha que corre na internet para explicar o que é competencia.

CHA

AUTOR DESCONHECIDO
Marcos era um funcionário extremamente insatisfeito com a empresa em que trabalhava e seu patrão. Trabalhava há 20 anos na companhia, era sério, dedicado e cumpridor de suas obrigações.
Um belo dia, ele foi ao dono da empresa para fazer uma reclamação. Disse que trabalhava ali há 20 anos com toda dedicação, mas se sentia injustiçado. O Fábio, seu colega de departamento, que havia começado há apenas três anos, estava ganhando muito mais do que ele.
O patrão fingiu não ouvir e lhe pediu que fosse até a barraca de frutas da esquina. Pensava em oferecer frutas como sobremesa ao pessoal após o almoço daquele dia e queria que ele verificasse se havia abacaxi na barraca.
Marcos não entendeu direito, mas obedeceu.
Voltando, muito rápido, informou que o moço da barraca tinha abacaxi.Quando o dono da empresa lhe perguntou o preço ele disse que não havia perguntado. Como também não sabia responder se o rapaz tinha quantidade suficiente para atender todos os funcionários da empresa. Muito menos, se ele tinha outra fruta para substituir o abacaxi, neste caso.
O patrão pediu a Marcos que se sentasse em sua sala e chamou o Fábio. Deu a ele a mesma missão que dera para Marcos:
– Estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal hoje. Aqui na esquina tem uma barraca. Vá até lá e verifique se eles têm abacaxi.
Oito minutos depois, Fábio voltou com a seguinte resposta:
– Eles têm abacaxi e em quantidade suficiente para todo o nosso pessoal. Se o senhor preferir, têm também laranja, banana, melão e mamão. O abacaxi está R$ 3,50 cada, a banana eo mamão a R$ 2,00 o quilo, o melão R$ 2,20 a unidade ea laranja R$ 20,00 o cento, já descascada. Como falei que a compra seria em grande quantidade, ele dará um desconto de 15%. Deixei reservado.
Conforme o senhor decidir, volto lá e confirmo.
Agradecendo pelas informações, o patrão dispensou Fábio. Voltou-se para Marcos e perguntou:
– O que é mesmo que você estava querendo falar comigo antes?
Marcos se levantou e se encaminhando para a porta, falou:
– Nada sério, patrão. Esqueça. Com sua licença.

TUDO O QUE COMEÇA, UM DIA ACABA

POR ABRAHAM SHAPIRO

Regras de convivência. Praticá-las é garantia de vida bem ajustada.
– Você abriu? Feche.
– Acendeu? Apague.
– Ligou? Desligue.
– Está usando algo? Então trate com cuidado!

A lista é grande.
– Pediu emprestado? Devolva.

Consultei manuais de relacionamento interpessoal em muitos idiomas. Nenhum deles traz uma regra que diz: "Se você não tem interesse em continuar atendendo um cliente, finalize o negócio formalmente com ele".

Isto significa liberdade, clareza e, principalmente, respeito. É claro, pois sempre há a possibilidade de as coisas não darem certo. E caso isso ocorra, finalizar eticamente o que um dia começou é uma conduta preciosa.

Conheço um homem que leva com rigidez esta regra. Se preciso, ele aceitará a devolução total de suas mercadorias por insatisfação do cliente ou razões similares.
Ele busca conhecer as dificuldades deste cliente eo ajuda a superá-las.

Mas, uma vez que o cliente tenha se sentido pressionado a comprar ou outro sintoma considerável, ele não hesita em arcar com o ônus. Veja só como ele se justifica: "Procuro agir rápido para evitar que o cliente sinta rejeição pelos meus produtos cada vez que olhá-los na prateleira. Da minha marca cuido eu!"

"Tudo o que começa, termina" – você já sabe. A novidade talvez seja que isso também vale para os negócios.
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Abraham Shapiro é consultor e coach.

COMO MANTER-SE EM QUALQUER EMPRESA

Por ABRAHAM SHAPIRO

Há muito tempo funcionário não é apenas alguém que executa tarefas para as quais foi contratado. Ele traz consigo seu caráter, sua espiritualidade, sua maneira de enxergar o mundo, sua capacidade de relacionar-se etc. Estas são suas competências.

Qualquer profissional toma decisões. Nas opções que faz, ele imprime suas tendências pessoais, seu estilo e sua visão própria de vida. Isso influencia a qualidade da empresa, assim como seus padrões e, principalmente, a percepção dos clientes.

As experiências que os clientes vivem ao consumir produtos ou serviços desta empresa têm relação direta com as pessoas que estão em todos os postos.

Um exemplo real. Várias pesquisas mostram que, diante de um problema grave de saúde, os norte-americanos gostariam de ser atendidos numa instituição chamada Mayo Clinic.

A pergunta que se faz é: "Como uma empresa que surgiu em meio às plantações de milho do Estado de Minnesota, e que até meados da década de 1990 contava com apenas um profissional de marketing e gastava quase nada em publicidade conseguiu tal façanha?"
A Mayo Clinic atende ou supera as expectativas da maioria dos clientes ao proporcionar uma experiência integrada e completa. Como é isso? Imagine uma loja imensa que vende de tudo, com especialistas em cada departamento trabalhando em equipe para atender os clientes do modo mais perfeito possível. É este o modo de atitude da Mayo Clinic.

Por desejarem isso é que as empresas estão dando enfoque diferente sobre quem devem contratar e manter em seus quadros de colaboradores. Elas buscam pessoas apaixonadas por aquilo que fazem.Quem não tem paixão por nada que diga respeito aos objetivos da organização deve ser literalmente descartado. Assim, a minha dica para quem ainda não
está sintonizado é: procure um aconselhamento profissional e recobre a sua motivação.

Tendo contentamento com o que faz, você será outra pessoa. E quem ganha com isso? Você, a sua família, a empresa eo mundo.
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Abraham Shapiro é consultor e coach.

Pensamentos

"Uma coletânea de pensamentos deve ser uma farmácia onde se encontrem remédios para todos os males" (Voltaire)

  • "Para ganhar conhecimento, adicione coisas todos os dias. Para ganhar sabedoria, elimine coisas todos os dias" (Lao-Tsé)
  • "A vida é como um eco… Se voçê não gosta do que está recebendo… Preste mais atenção ao que está emitindo" (Anônimo)
  • "A única coisa segura sobre a sorte é que ela mudará" ( Bret Harte )
  • "O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis" (Fernando Pessoa)
  • "A amizade deveria ser algo completamente sem interesses, como nossos olhos. Eles piscam juntos, eles se movem juntos, eles choram juntos, eles vêem coisas juntos e eles dormem juntos. Embora eles nunca vejam diretamente um ao outro estão sempre juntos…" (Fernando Toscano)
  • "Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele no qual o amor de um pelo outro é maior do que a necessidade que um tem do outro" (Autor desconhecido)
  • "Permita que eu escute a mim e não aos outros." (Autor desconhecido)
  • "O campo da derrota não está povoado de  fracassados,   mas de pessoas que tombaram antes de vencer. (Abraham Lincoln)
  • "Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo de plantamos" (Provérbio chinês)
  • "Se não puder se destacar pelo talento, vença pelo esforço." (Dave Weinbaum)
  • "Você quer ser feliz por um instante? Vingue-se. Você quer ser feliz para sempre? Perdoe." (Tertuliano)
  • "Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta." (Carl Young)
  • "Cuidado… Ao dizer alguma coisa, cuide para que suas palavras não sejam piores que o seu silêncio." (Autor desconhecido)
  • "Nossa dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar." (William Shakespeare)
  • "Leva tempo para alguém ser bem sucedido porque o êxito não é mais do que a recompensa natural pelo tempo gasto em fazer algo direito." (Joseph Ross)
  • "Não existe ninguém igual a você. Deus quis você único" (Fernando Toscano)
  • "Não existe nada tão comovente – nem mesmo atos de amor ou ódio – como a descoberta de que não se está sozinho" (Autor desconhecido)
  • "Cada um tem um papel único na vida. Todo mundo, especialmente você, é indispensável." (Nathaniel Hawthorne)
  • "É durante as fases de maior adversidade que surgem as grandes oportunidades de se fazer o bem a si mesmo e aos outros". (Dalai Lama)
  • "Em tudo que a natureza opera, ela nada faz bruscamente…" (Autor desconhecido)
  • "Os ventos que as vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar.. Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi dado. Pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai para sempre." (Bob Marley)
  • "As coisas que amo, deixo-as livres. Se voltarem, foi porque as conquistei. Se não voltarem, foi porque nunca as tive."  (Saint-Exupèry)
  • "Somente quem tem o caos dentro de si é capaz de criar uma estrela bailarina." (Fridrich Nietzsche)
  • "Como sei pouco, e sou pouco, faço o pouco que me cabe me dando inteiro." (Thiago de Mello)

LUIZA HELENA TRAJANO: O VAREJO – SIMPLICIDADE E COMPETÊNCIA

Prezados alunos: assistam ao vídeo abaixo e façam seus comentários…

Luiza
Luiza Helena Trajano do Magazine Luiza fala sobre comércio e economia no Brasil:

http://globotv.globo.com/globo-news/manhattan-connection/t/todos-os-videos/v/empresaria-fala-sobre-comercio-e-economia-no-brasil/3088745/

Para onde voa o varejo?

Por Fabiano Cruz

O título deste artigo é um dos assuntos mais debatidos em 2014. Já sabemos que a integração plena entre o varejo físico e virtual não é mais tendência, e sim uma obrigação para se manter no mercado. Também temos certeza de que essa é a melhor defesa contra o efeito showrooming, que ocorre quando o usuário se dirige a uma loja física, testa o produto em questão, compara preços com outras lojas e acaba realizando a compra por meio de dispositivos móveis.

Então, por que tantas discussões, tantos debates, tantas incertezas e inseguranças? Em nossa opinião, é essencial compreender que o relacionamento e o processo de compra precisam ser pensados de forma multicanal, pois cada vez mais o consumidor pode iniciar o processo de pesquisa ou compra em qualquer meio e concluir em outro, que seja mais conveniente para ele. É algo que precisa ser planejado e coordenado cuidadosamente para que a integração dos meios seja orgânica e natural.

Estamos lidando com o consumidor ansioso, aquele do “quero tudo a qualquer hora e em qualquer lugar”. E é justamente com uma boa estratégia multicanal que se torna possível oferecer as melhores e mais cômodas opções de canais para esse tipo de consumidor.

O mundo online não pode ser visto como uma ameaça, e sim como uma oportunidade para o varejo, pois é um grande influenciador e potencializador das conversões offline. Ou seja, trata-se de uma porta com grande potencial de resultados.

É preciso pensar multicanal. Estudar o melhor que cada meio pode oferecer para gerar uma experiência sensorial com uma integração completa, fazendo com que as pessoas pensem menos no pagamento, na logística e em outros assuntos que normalmente geram desgaste de relação.

Um ponto muito importante para a evolução do varejo é a dependência, cada vez maior, da tecnologia. Big Data é o eixo principal que faz com que este processo de encantamento aconteça. É um processo oneroso, que exige uma grande mudança na cultura da organização e é fundamental um planejamento com muita cautela e paciência, semelhante a uma empresa que acabou de nascer: ela precisa engatinhar, andar e correr, para só então começar a voar.

Primeiros passos

Segurança: Ao ceder suas informações pessoais, seus consumidores estão dando um voto de confiança para sua empresa. Portanto, guarde-as com muito cuidado.

Privacidade: Você tem o poder de saber mais sobre seus consumidores do que eles próprios. Não invada a privacidade deles.

Defina o alvo:
Você tem muitas informações nas mãos. Não queira utilizá-las de uma única vez. Vá com calma.
Seja útil: Transforme seus canais em um meio facilitador para o dia a dia de seus consumidores. Considere que todos os canais possuem algum tipo de potencial. Porém, vale uma consideração especial quando se trata de dispositivos móveis: pense em recursos online, mas sempre colocando as pessoas – colaboradores e clientes – em primeiro plano.

Busque sempre uma conexão emocional: seja social, aberto e cativante. A loja de hoje precisa ser híbrida, educacional, móvel, gerar curiosidade, inspirar e ser transparente.

Esteja onde o consumidor está: Os dispositivos móveis fazem parte do organismo do novo consumidor. Em média, os consumidores usam seus smartphones 40 vezes por dia.

É preciso ainda pensar em uma engenharia diferenciada para conquistar e reter esse público de uma maneira diferente. O número de consumidores que realizam consultas online antes de comprar em lojas físicas – showrooming – aumentou drasticamente – o índice pulou de 19%, em 2009, para impressionantes 62%, em 2011.

Em pesquisa feita pela Deloitte, nos EUA, constatou-se que 42% dos consumidores já usaram smartphones para apoio em compras de vestuário, enquanto 48% utilizou este meio em compras de eletrônicos.

Tenha sempre em mente que, quando entra na loja, o consumidor normalmente já conhece todas as características do produto que procura.

Portanto, é fundamental que os colaboradores sejam muito bem treinados e que a marca conte com um planejamento integrado para esse meio, com sites – mobile ou responsivo – e aplicativos, buscando ocupar um espaço na mobile life do consumidor.

O fato de um consumidor instalar em seu dispositivo um aplicativo da sua marca é o maior voto de confiança em tempos de neoconsumo, portanto, seja pertinente e relevante.

Fabiano Cruz é Diretor-Presidente da House Cricket Digital & Direct, empresa do Grupo OM Comunicação Integrada.

MUDANÇAS

Quem percebe a diferença entre um dia e outro?

A depender da estação, hoje o sol se porá um ou dois minutos mais cedo ou mais tarde que ontem. Dentro de algumas semanas o dia será mais comprido. Depois as noites é que serão mais longas.

Quem percebe o crescimento das unhas, dos fios da barba ou dos cabelos? A cada minuto eles crescem, mesmo que os nossos sentidos só o constatem após horas ou dias.

Apesar de tudo posto à nossa volta para ensinar uma gigantesca e monumental sabedoria, nós, humanos, impomos uma contradição tola à vida. E desastrosa também. Quando se trata de comportamento, hábito, modo de vida ou competência pessoal, nós nutrimos expectativa de mudança radical e instantânea. Especialmente nos outros. Queremos teimosamente assistir a um espetáculo só comparável à água convertendo-se em vinho.

Ninguém muda assim! Aliás, nem deve, pois o risco de inconsistência e curto prazo de validade lhe inflige ruína.

Mudar é um processo difícil.

Tente responder: "A palavra mudança causa em você medo ou coragem?"

Nada se desenvolve sem mudanças. Quem não pode mudar de opinião não pode mudar nada. É incrível constatar que existem pessoas que esperam progredir sem que nada mude.

Mas é impossível! Você e eu precisamos mudar. É uma necessidade intrínseca.

Além disso, a mudança é uma aliada da versatilidade, da flexibilidade e utilidade.

Quem nunca muda de ideia, nunca corrige seus erros.

Thomas Watson, o fundador da IBM, disse, certa vez: "Existe um mercado mundial para somente cinco computadores". Onde estaria a IBM, hoje, caso seu fundador não estivesse disposto a mudar de opinião?

Ao romper paradigmas e convenções de imediato surgem novas oportunidades.

Justificar as próprias falhas e erros prova apenas que você não tem a intenção de abandoná-los.

Todo progresso deve-se àqueles que não se satisfazem em deixar tudo como está, deve-se àqueles que não têm medo de mudar.

Guarde na melhor área das suas lembranças esta convicção: "A mudança não é uma inimiga; ela é sua melhor parceira". Pense assim, e mais do que uma vida ajustada a seu tempo, você estará em estado de prontidão para o que der e vier.

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Por Abraham Shapiro – consultor e coach.

O MAL DO PERFECCIONISMO

Postado por blog Profissão Atitude no Profissão Atitude – Abraham Shapiro

Todo mundo gosta de fazer coisas bem feitas, e valorizamos isso nos outros.
Mas fazer tudo bem o tempo todo, e em qualquer área da nossa vida, é uma pretensão impossível. Supera, em muito, a capacidade humana de resposta às situações que carecem de atenção.

Você e eu conhecemos pessoas perfeccionistas. Quando estas pessoas se lançam a ser perfeccionistas em tudo o que fazem, e se sentem negativas e desvalorizadas por acharem que não executaram algo por seus níveis da perfeição, isso resulta em estado de ansiedade e estresse, quando suas relações sociais não são severamente afetadas por estes fortes pensamentos.

O perfeccionismo é uma patologia que consiste na perseguição de padrões elevados inatingíveis. É o sentimento do tipo: "Se eu cometer um erro, será catastrófico!"

Muita gente age por conta de desejar não errar em nível algum. No entanto, a perfeição não existe. Não neste mundo. Na maior parte das vezes, esta paralisia é só uma grande desculpa para não começar ou não agir.

Faça o melhor que você puder, sempre. Esforce-se para ser bom. Dê tudo de si para tornar-se, hoje, melhor do que você foi ontem. Mas definitivamente esqueça a perfeição. Sabe principalmente por que? O seu trabalho realmente importa! Faz diferença. E você nunca chegará ao estado de perfeição.
Pare de esperar o momento ideal ou o planejamento ideal para você agir.

Isso nunca vai acontecer. Caso aconteça, alguma coisa dará errado ao longo do caminho. É quase imperativo. Então, deixe de contar com a perfeição e comece. Depois, prossiga. E continue no dia seguinte.

Seus sonhos nunca se concretizarão se você está se preparando e esperando para o momento perfeito e para que tudo seja perfeito.
Então, não espere mais. E pare de exigir perfeição dos outros, também.

O vento nunca soprará somente a seu favor. Comece aí mesmo, e trabalhe com todas as ferramentas de que você dispõe sob o seu comando. Eu posso garantir que melhores ferramentas serão encontradas à medida em que você avançar.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

Por que as empresas estão investindo na Internet?

Por Dailton Felipini

 

Para quem vive o cotidiano da Internet, como é o caso das empresas ponto-com, justificativas para investir nesse novo canal podem parecer estranhas. Mas para as empresas tradicionais, já com um bom tempo de mercado e de sobrevivência à crises e modismos, vale a pena rever alguns pontos fundamentais que tornam a não presença na Internet quase que uma não alternativa.  Vejamos.

A Internet veio para ficar.  A possibilidade das pessoas e empresas poderem se comunicar, interagir e transacionar através da rede mundial de computadores é uma das faces de uma mudança estrutural em nossa sociedade, uma mega-tendência chamada “Era da Informação”, onde cada vez mais, a informação digitalizada,  passa a ocupar um papel central em nossas interações sociais e em nosso dia a dia. Cada vez menos usamos papel e tinta para se comunicar, e mais texto digitado no computador e enviado em segundos na forma binária de Zeros e Uns. (lembra-se da última vez que você escreveu uma carta e colocou no correio?) Cada vez menos usamos dinheiro para transacionar mercadorias e sim informações de débito e crédito em nossas contas e cartões. E vai por ai afora. O mundo está mudando e não existe mais a possibilidade de voltar ao estado inicial.  Uma empresa que não compreender, se adaptar, e usar essas mudanças a seu favor, corre o risco de se tornar sucata rapidamente, na esteira daquele ditado que diz:  “A Internet é como um enorme trator com o seu rolo compressor assentando o novo asfalto; ou você está em cima do trator ou…”

A Internet representa uma revolução cultural também dentro das empresas.  Ao romper barreiras geográficas e temporais, a Internet possibilita aos funcionários e dirigentes trocarem dados, informações, decisões e conhecimento de forma fantasticamente mais ágil, entre si e também, com seus fornecedores, revendedores e clientes, criando uma nova cultura digital. Nessa nova cultura, fatores como a distância e tempo tendem a ser cada vez menos relevantes. Apenas digitando algumas teclas do computador pode-se mandar um boletim para milhões de clientes espalhados pelo globo. Se você necessita de um software  para o departamento de engenharia de sua empresa, pode comprá-lo de um fornecedor situado no Índia e pagar, receber, instalar e começar a usar, sem sair de sua cadeira.  Seu funcionário, ou mesmo você, pode-se fazer aquele treinamento de sua casa no sábado a noite, de pijamas,  enquanto sua família assiste a TV na sala ao lado… as possibilidades são ilimitadas. Ganhando-se tempo e agilidade nas interações, ganha-se melhor desempenho, o que  fatalmente vai refletir-se no resultado da empresa.

A internet possibilita ganhos para seu cliente, e se ele ganha.. Desde  que o homem começou a transacionar, passando pelo surgimento do Marketing, sabe-se que a longo prazo o que efetivamente importa é o atendimento eficiente das necessidades do cliente. Se ele está satisfeito, você tem um negócio vencedor. Pois a Tecnologia e as facilidades da Internet abrem um importantíssimo canal de interação com seus clientes, atuais e futuros. Através da Internet pode-se buscar novos clientes, pode-se conhecer melhor os hábitos e comportamento de seu clientes atuais de forma até a antecipar suas necessidades, pode-se fazer atendimento personalizado a centenas de milhares de consumidores, naquilo que se chama customização em massa, (“Monte seu computador, pela Internet, com a configuração que quiser e lhe entregaremos em sua casa”).  Pode-se atendê-lo melhor (“Veja aqui o andamento de seu pedido”). Enfim, pode-se gerar muito mais valor para o cliente de forma mais fácil e econômica, o que, inclusive, é extremamente saudável na medida em que possibilita às pequenas empresas uma disputa mais equilibrada pelo mercado.

Estar on-line. Tudo isso, sem contar o fato que estar na Internet, é estar 24 horas no ar, sete dias por semana, durante todo o ano, como uma espécie de antena de alcance global. Pronta para trocar  informações, a um custo baixíssimo, com um mercado mundial crescente de mais de meio bilhão de internautas pertencente às camadas de renda mais altas da população. Para finalizar, poderíamos dizer que a questão colocada agora para as empresas já não é mais: investir ou não na Internet. A questão é: que tipo de utilização será priorizada inicialmente de forma a maximizar o retorno desse investimento. E é essa questão que iremos discutir a partir do próximo artigo, quando iremos mostrar as principais aplicações da Internet e que tipo de benefícios elas podem gerar  para as empresas

É fundamental confiar no próprio taco !!!

Texto original do artigo publicado na Gazeta Mercantil em 07/11/08.

Confie no próprio taco [coluna de Marcelo Cherto]

Quando voltei do Mestrado na Universidade de Nova York e comecei a advogar em São Paulo, eu tinha 24 anos. E, apesar dos ternos sisudos e da barba que ostentava, era um garoto. E tinha cara de garoto. Mas era bom advogado. Um belo dia, por indicação de alguém, recebi um figurão, homem de muita grana, arrogante, com aquela pose que só os herdeiros de belas fortunas têm. Ele me expôs uma transação que pretendia fazer, pedindo-me para analisar a montagem jurídica sugerida pelos advogados de sua empresa. Burramente, não falei em honorários. Apenas lhe pedi uns dias para estudar o assunto e mergulhei com vontade na imensa pilha de documentos que ele me deixou.

Uma semana depois, me reuni com ele para mostrar a solução que havia bolado, 100% dentro da lei e que lhe gerava uma economia sensível de impostos, por volta aí de uns 500 mil dólares. Como a coisa toda era muito técnica, expliquei a estratégia por alto e entreguei ao homem um roteiro datilografado em cinco páginas de papel timbrado, para que ele o entregasse a seus advogados internos, encarregados da execução dos documentos.

Ele perguntou quanto me devia e eu, que ainda não havia aprendido que preço não tem nada a ver com custo, calculei as horas que havia gasto e respondi “dez mil dólares”. O homem fechou a cara e, de forma rude, para me intimidar, perguntou como eu tinha a coragem de cobrar dez mil dólares por cinco folhinhas de papel. Esbravejou que dava dois mil dólares por folha e que isso era um absurdo.

Minha vontade era chutar o cara para fora da sala, mas eu tinha trabalhado como um mouro e precisava daquela grana. Portanto, me fiz de humilde, pedi desculpas e disse a ele que tinha razão, que realmente era um absurdo cobrar tanto por cinco folhinhas de papel e que eu iria reparar o meu erro. O sujeito ficou todo feliz.

Abri a gaveta, de onde tirei cinco folhas de papel timbrado em branco. Coloquei-as num envelope e o entreguei ao cliente, dizendo: – “isto é uma cortesia, não lhe custará nem um centavo”. Ele explodiu: – “mas estas folhas estão em branco! Não há nada escrito nelas!”

E eu, calmamente, respondi: – “Mas afinal, o que é que o senhor veio buscar aqui? Por sua fala anterior, pensei que eram folhas de papel timbrado. Se é isso, aí estão elas. E não lhe custam nada”. E prossegui: – “Porém, se o que o senhor veio comprar aqui não são as folhas, mas sim o que está escrito nelas, aí vai ter que pagar. Afinal, para poder escrever o que escrevi, detalhando uma solução que vai lhe economizar pelo menos 500 mil dólares, foram necessários anos de estudo e uma semana mergulhado numa montanha de papéis. E isso tem um preço. E tem mais: se quiser levar o roteiro, vai pagar, não mais dez mil, mas sim vinte mil dólares, pelo desaforo de me tomar por um vendedor de papel”.

O desfecho foi o que eu antecipava, mas apenas em parte. Eu esperava que ele pagasse e ele pagou. Bufando, mas pagou.

Mas eu também esperava que ele nunca mais me procurasse e saísse falando mal de mim. E ele não apenas voltou a me contratar para outros casos, como ainda me indicou para vários amigos. Sempre dizendo – “esse advogado é bom. Não leva desaforo para casa e não se deixa enrolar”.

E eu aprendi, de uma vez por todas, que quem quiser ser dono do próprio negócio precisa, antes de mais nada, acreditar no próprio taco. E não ter medo de defender as coisas em que acredita.

Marcelo Cherto é presidente do Grupo Cherto, membro da Academia Brasileira de Marketing e integrante do Global Advisory Board da Endeavor.

Exercício de Posicionamento de mercado.

Entrega do exercício dia 23/09/2013 – Trabalho em dupla

Identifique uma empresa e responda as perguntas a seguir:

1. Imagine uma reunião em sua empresa na qual se deve definir o posicionamento da sua empresa diante do mercado. Que ideias você daria aos participantes?

2. Sua empresa deseja transformar um produto ou serviços seu que tem vários concorrentes no mercado. Como você idealizaria sua diferenciação?

3. Sua empresa pretende incentivar as vendas de um determinado produto. Que ideia você daria em termos de composto de marketing?

4. Como sua empresa poderia focar mais intensamente o cliente?

5. Como você poderia propor meios para aumentar a fidelização do cliente?

 

Dúvidas clique aqui e faça sua pergunta: gualber@globo.com

O primeiro grande administrador do mundo

É curioso como nenhum livro de Administração, nenhum livro de história da Administração, menciona esse homem. Você precisa conhecê-lo

Por Stephen Kanitz, 29 de maio de 2013

Hemiunu é identificado como o homem responsável pela construção da Grande Pirâmide. Ele também era "real selo portador", "Chefe do Exército" e "Expedições Guide"

Quem foi o primeiro grande administrador do mundo? É curioso como nenhum livro de Administração, nenhum livro de história da Administração menciona esse homem. Foi alguém que administrou 20 mil funcionários há 4.600 anos, deixou um produto que dura até hoje, criou o primeiro sistema just in time e a primeira cadeia de logística em grande escala.

E para durar 4.600 anos, sem dúvida, foi o primeiro a adotar o padrão de qualidade total. Empresas com mais de 20 mil trabalhadores só iriam reaparecer 4.550 anos depois. E vale salientar que não eram escravos, mas sim trabalhadores pagos, que precisavam ser motivados e não chicoteados.

Estou me referindo a Hemiunu, o administrador da maior obra do planeta por muitos séculos: a Pirâmide de Giza, no Egito. A proporção é o seguinte, para construir o monumento em 20 anos seria necessário colocar um bloco de cinco toneladas em seu devido lugar a cada dois minutos. Compare isso com a lentidão do PAC.

Infelizmente muitos livros o consideram apenas o primeiro arquiteto do mundo. Mas, honestamente, desenhar oito linhas iguais à pirâmide não requer muitos conhecimentos de Arquitetura. Os engenheiros também o consideram o primeiro engenheiro civil e, nesse caso, é mais difícil de refutar de fato. Havia muitos cálculos a serem feitos e estresses a serem superados. Mas, ainda sim, colocar essencialmente uma pedra em cima de outra, não requer tantos conhecimentos de engenharia civil assim. Criar a ponte Pênsil, de San Francisco, ou a torre Eiffel, esses sim requerem cálculos estruturais complexos.

A verdade é que a Pirâmide de Giza foi construída graças às técnicas de Administração que Hemiunu inventou. Ele desenvolveu o planejamento da produção, controle de qualidade, coordenação de alimentação e alojamentos dos trabalhadores, hierarquia, ordens de produção em tempo real e contabilidade de estoques. Ou seja, as inovações em Administração são muito maiores do que as de Engenharia Civil e a Arquitetura.

Tanto é que engenheiros civis sequer estudam pirâmides hoje. Portanto, sem querer negar os dotes de arquitetos e engenheiros, gostaria de propor a tese que Hemiunu foi, sem dúvida, o primeiro grande administrador da história, cuja obra pode ser contemplada nos dias atuais.

Era exatamente esse o propósito da pirâmide: durar ao longo do tempo, como vem durando até hoje. Acho que nós administradores temos uma dívida com Hemiunu, por termos o esquecido por 4.000 anos. Dívida que da minha parte está paga. Visitem-me de tempos em tempos no blog.kanitz.com.br/ para matar as saudades.

Abraços!

Stephen Kanitz

RECEITA DE PRIMEIROS SOCORROS PARA EMPRESAS IMERSAS EM BAIXA PRODUTIVIDADE

[Blog PROFISSÃO ATITUDE]

Por ABRAHAM SHAPIRO

Quando o funcionário desconhece os procedimentos padronizados mínimos de sua função, ele se vê obrigado a agir por si. Qual ferramenta usa? Sua percepção básica. E os resultados quase sempre não serão conformes aos que seus superiores e clientes esperam.

Sem conhecer um padrão para agir, o funcionário se obriga a agir. E ao agir não fazendo o que é esperado, seu chefe certamente o repreenderá. Mas qual é o erro aqui? Este funcionário não tem meios de saber "o que" exatamente deve fazer, “como fazer” e “o nível de eficiência” que precisa atingir.

Isto envolve inúmeras variáveis invisíveis. Uma delas é o clima organizacional, pois gera altos níveis de insatisfação.
O curioso é que nunca há impedimento algum para que a empresa estabeleça procedimentos para as funções. E isto tampouco é difícil. O que falta, mesmo, é que os gerentes compreendam que devem ter boa vontade para fazê-lo, especialmente porque exige esforço.
Na verdade, é comum os gerentes confundirem dois conceitos. Padronizar procedimentos não é o mesmo que burocratizar. Burocracia geralmente dificulta o fluxo produtivo, enquanto padronização de procedimentos só facilita este fluxo.

Conhece algum Programa de Qualidade Total? Qual é seu segredo de sucesso?
São as descrições detalhadas dos procedimentos de cada atividade e sua aplicação prática. Sem isso, o colaborador desorientado não tem foco nem visão de sua participação no processo, ou seja, ele não saberá como iniciar, como desenvolver e nem finalizar as tarefas. Ele irá adquirir aquele hábito mortal e desgraçado de acumular deveres, iniciá-los e jamais
terminar.

Para a sua informação, estudos comprovam que deveres inacabados consomem recursos da empresa sem que ninguém os contabilize. É como o vazamento de um líquido de dentro de um tanque sem que alguém se preocupe em reter. É prejuízo na certa.

Outro ponto a saber é que quanto mais o colaborador se envolve com organização, mais seguro ele se sente. A consequência é seu engajamento e responsabilidade. Não é disso que você mais precisa? Então faça a coisa certa, e do modo certo.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes.

J I T–KANBAN–5 S’s–KAISEN–JIDOKA

1 JUST IN TIME

O Just in Time (JIT) surgiu no Japão, nos meados da década de 70, sendo sua ideia básica e seu desenvolvimento creditados à Toyota Motor Company, a qual buscava um sistema de administração que pudesse coordenar a produção com a demanda específica de diferentes modelos e cores de veículos com o mínimo atraso.

O sistema de "puxar" a produção a partir da demanda, produzindo em cada somente os itens necessários, nas quantidades necessárias e no momento necessário, ficou conhecido no Ocidente como sistema Kanban.

Este nome é dado aos cartões utilizados para autorizar a produção e a movimentação de itens, ao longo do processo produtivo. Contudo, o JIT é muito mais do que uma técnica ou um conjunto de técnicas de administração da produção, sendo considerado como uma completa “filosofia, a qual inclui aspectos de administração de materiais, gestão da qualidade, arranjo físico, projeto do produto, organização do trabalho e gestão de recursos humanos”.

Embora haja quem diga que o sucesso do sistema de administração JIT esteja calcado nas características culturais do povo japonês, mais e mais gerentes e acadêmicos têm-se convencido de que esta filosofia é composta de práticas gerências que podem ser aplicadas em qualquer parte do mundo. Algumas expressões são geralmente usadas para traduzir aspectos da filosofia Just in Time:

· Eliminação de estoques

· Eliminação de desperdícios

· Manufatura de fluxo contínuo

· Esforço contínuo na resolução de problemas

· Melhoria contínua dos processos

1.1 OBJETIVOS

O sistema JIT tem como objetivo fundamental a melhoria contínua do processo produtivo. A perseguição destes objetivos dá-se, através de um mecanismo de redução dos estoques, os quais tendem a camuflar problemas.

Os estoques t6em sido utilizado para evitar descontinuidades do processo produtivo, diante de problemas de produção que podem ser classificados principalmente em três grandes grupos:

· Problemas de qualidade: Quando alguns estágios do processo de produção apresentam problemas de qualidade, gerando refugo de forma incerta, o estoque, colocado entre estágios e os posteriores, permite que estes últimos possam trabalhar continuamente, sem sofrer com as interrupções que ocorrem em estágios anteriores. Dessa forma, o estoque gera independência entre os estágios do processo produtivo.

· Problemas de quebra de máquina: Quando uma máquina para por problemas de manutenção, os estágios posteriores do processo que são "alimentados" por esta máquina teriam que parar, caso não houvesse estoque suficiente para que o fluxo de produção continuasse, até que a máquina fosse reparada e entrasse em produção normal novamente. Nesta situação o estoque também gera independência entre os estágios do processo produtivo.

· Problemas de preparação de máquina: Quando uma máquina processa operações em mais de um componente ou item, é necessário preparar a máquina a cada mudança de componente a ser processado. Esta preparação representa custos referentes ao período inoperante do equipamento, à mão de obra requerida na operação, entre outros. Quanto maior este custo, maior tenderá a ser o lote executado, para que estes custos sejam rateados por uma quantidade maior de peças, reduzindo por consequência, o custo por unidade produzida. Lotes grandes de produção geram estoques, pois a produção é executada antecipadamente à demanda, sendo consumida por esta em períodos subsequentes.

1.2 ASPECTOS DE DIFERENCIAÇÃO ENTRE JIT E A ABORDAGEM TRADICIONAL DE ADMINISTRAR

O sistema JIT é mais do que um conjunto de técnicas, sendo considerado uma filosofia de trabalho. Seus objetivos fundamentais são qualidade e flexibilidade do processo. Esta filosofia diferencia-se da abordagem tradicional de administrar a produção nos seguintes aspectos:

· Os estoques são considerados nocivos por ocuparem espaço e representarem altos investimentos de capital, mas também e principalmente por esconderem ineficiências do processo produtivo, com problemas de qualidade, altos tempos de preparação de máquina para troca de produtos e falta de confiabilidade de equipamentos;

· Coloca ênfase na redução dos lotes de fabricação através da redução dos tempos de preparação de equipamentos;

· Assume a meta de eliminação de erros; não considerando como inevitáveis;

· Coloca ênfase no fluxo de materiais e não na maximização da utilização da capacidade;

· Transfere a responsabilidade de funções como balanceamento das linhas, o controle da qualidade e a manutenção preventiva à mão de obra direta, deixando à mão de obra indireta as funções de apoio e auditoria;

· Coloca ênfase na ordem e limpeza da fábrica como pré-requisitos fundamentais para o atingimento dos objetivos pretendidos.

1.3 FIM AOS DISPERDÍCIOS E MELHORA CONTÍNUA

O sistema JIT pode ser definido como um sistema de manufatura cujo objetivo é aperfeiçoar os processos e procedimentos através da redução contínua de desperdícios. Os desperdícios atacados podem ser de várias formas:

· desperdício de transporte

· desperdício de superprodução

· desperdício de material esperando no processo

· desperdício de processamento

· desperdício de movimento nas operações

· desperdício de produzir produtos defeituosos

· desperdício de estoques

As metas colocadas pelo JIT em relação aos vários problemas de produção são:

· zero defeitos;

· tempo zero de preparação (SETUP);

· estoque zero;

· movimentação zero;

· quebra zero;

· LEAD TIME zero;

· Lote unitário (uma peça).

1.4 CARACTERISTICAS DO JIT

O sistema de produção que adota a filosofia JIT deve Ter determinada características, as quais formam um corpo coerente com os princípios do JIT. Entre várias características estão:

· O sistema JIT não se adapta perfeitamente à produção de muitos produtos diferentes, pois, em geral, isto requer extrema flexibilidade de faixa do sistema produtivo em dimensões que não são conseguidas com filosofia JIT. Consequentemente, deve ser dada ênfase ao projeto adequado de manufatura e ao projeto adequado à montagem, de modo a permitir que os setores produtivos tenham um foco definido, sem, entretanto restringir demais variedade de produtos oferecidos ao mercado.

· O layout do processo de produção deve se celular, dividindo-se os componentes produzidos em famílias com determinado roteiro de produção e formas similares; dessa forma, podem-se montar pequenas linhas de produção (células), de modo a tornar o processo mais eficiente, reduzir a movimentação e o tempo gasto com a preparação da máquina.

· A gerência da linha de produção coloca ênfase na autonomia dos encarregados no balanceamento da linha, na não aceitação de erros, paralisando-se a linha até que os erros sejam eliminados, se for necessário, e na produção de modelos mesclados.

· A responsabilidade pela qualidade é transferida à produção e é dada ênfase ao controle da qualidade na fonte, adotando os princípios do controle de qualidade total. A redução de estoque e a resolução dos problemas de qualidade forma um ciclo positivo de aprimoramento contínuo.

· É dada ênfase na redução dos tempos do processo, como forma de conseguir flexibilidade. Os tempos gastos com atividades que não agregam valor ao produto devem ser eliminados, enquanto os tempos gastos com atividades que agregam valor devem ser utilizados de forma a maximizar a qualidade dos produtos produzidos.

· O fornecimento de materiais no sistema JIT deve ser uma extensão dos princípios aplicados dentro da fábrica tendo com principais objetivos os lotes de fornecimento reduzidos, recebimentos frequentes e confiáveis, lead times de fornecimento reduzidos e altos níveis de qualidade.

· O elemento humano tem participação fundamental no sistema just in time, sendo o envolvimento da mão de obra e o trabalho em equipe pré-requisitos para a implementação do JIT.

O planejamento da produção do sistema JIT deve garantir uma carga de trabalho diária estável, que possibilite o estabelecimento de um fluxo contínuo de material. O sistema de programação e controle de produção está baseado no uso de cartões para a transmissão de informações entre os centros produtivos. Esse sistema é denominado de sistema KANBAN, e segue a lógica de "puxar" a produção, produzindo somente a quantidade necessária e no momento necessário, de modo a atender à demanda dos centros consumidores.

1.5 VANTAGENS DO JIT

As vantagens do sistema de administração da produção Just inTime podem ser mostradas através da análise de sua contribuição aos principais critérios competitivos:

1.5.1 Custos:

Dados os preços já pagos pelos equipamentos, materiais e mão de obra, o JIT, busca que os custos de cada um destes fatores seja reduzido ao essencialmente necessário. As características do sistema JIT, o planejamento e a responsabilidade dos encarregados da produção pelo refinamento do processo produtivo favorecem a redução de desperdícios.

Existe também uma grande redução dos tempos de setup, interno e externo, além da redução dos tempos de movimentação, dentro e fora da empresa.

1.5.2 Qualidade:

O projeto do sistema evita que os defeitos fluam ao longo do fluxo de produção; o único nível aceitável de defeitos é zero. A pena pela produção de itens defeituosos é alta. Isto motiva a busca das causas dos problemas e das soluções que eliminem as causas fundamentais destes problemas. Os trabalhadores são treinados em todas as tarefas de suas respectivas áreas, incluindo a verificação da qualidade. Sabem, portanto, o que é uma peça com qualidade e como produzi-la. Se um lote inteiro for gerado de peças defeituosas, o tamanho reduzido dos lotes minimizará o número de peças afetadas. O aprimoramento de qualidade faz parte da responsabilidade dos trabalhadores da produção, estando incluída na descrição de seus cargos.

1.5.3 Flexibilidade:

O sistema just in time aumenta a flexibilidade de resposta do sistema pela redução dos tempos envolvidos no processo. Embora o sistema não seja flexível com relação à faixa de produtos oferecidos ao mercado, à flexibilidade dos trabalhadores contribui para que o sistema produtivo seja mais flexível em relação às variações do mix de produtos. Através da manutenção de estoques baixos, um modelo de produto pode ser mudado sem que haja muitos componentes obsolescidos. Como o projeto de componentes comprados é geralmente feito pelos próprios fornecedores a partir de especificações funcionais, ao invés de especificações detalhadas e rígidas de projeto, estes podem ser desenvolvidos de maneira consistente com o processo produtivo do fornecedor.

1.5.4 Velocidade:

A flexibilidade, o baixo nível de estoques e a redução dos tempos permitem que o ciclo de produção seja curto e o fluxo veloz. A prática de diferenciar os produtos na montagem final, a partir de componentes padronizados, de acordo com as técnicas de projeto adequado de manufatura e projeto adequado à montagem, permite entregar os produtos em vários prazos mais curtos.

1.5.5 Confiabilidade:

A confiabilidade das entregas também é aumentada através da ênfase na manutenção preventiva e da flexibilidade dos trabalhadores, o que torna o processo mais robusto. As regras do KANBAN e o princípio da visibilidade permitem identificar rapidamente os problemas que poderiam comprometer a confiabilidade, permitindo sua imediata resolução.

2 KANBAN

Os estudos de métodos de programação e controle da produção desenvolvidos e aplicados pela dupla Ford-Taylor, enfatizaram o processo de manufatura em massa, isto é, o fator importante era a divisão das tarefas e a determinação, através dos estudos dos movimentos, de tempos-padrão de fabricação reduzidos. Homens e maquinas deveriam produzir o máximo possível neste sistema, não deveriam permanecer em ociosidade, mesmo que o destino dos produtos fossem os armazéns, depois o setor de marketing, incluído ai vendas, deveriam se encarregar de colocar estes produtos para o mercado consumidor.

Este processo de produção em massa, também conhecido como processo de empurrar a produção, funciona da seguinte maneira, a direção da empresa resolve pelo lançamento de um novo produto, comunica a decisão à engenharia de produto que desenvolve a ideia e projeta o bem e envia a documentação para a engenharia industrial que desenvolve o processo os dispositivos e tudo mais e remete as ordens para o setor de produção que fabrica o novo produto, a produção é transferida para o armazém de onde o setor de marketing se esforça para enviá-la ao consumidor.

A produção em massa serviu aos interesses dos produtores, principalmente, após a segunda guerra, quando os recursos financeiros norte-americanos eram grandes, ocorreu um crescimento demográfico, havia uma carência de bens, o mercado era altamente demandante, a população havia sofrido com a retração do consumo devido à catástrofe mundial e, queria recuperar o "tempo perdido".

Neste período, inicio da década de 50, o Japão buscava sua reconstrução. Tudo estava destruído e era necessário direcionar todos os esforços na formação econômica da nação, implantar e desenvolver novamente a indústria e tudo mais. Foi quando um grupo de executivos da Toyota se dirigiram aos Estados Unidos para observar e estudar os fabricantes de automóveis e de autopeças daquele Pais. Por curiosidade ou premidos por necessidades individuais, tiveram contato com o sistema de atendimento ao varejo através dos supermercados.

Imbuídos do plano de reconstrução da nação, aliado ao hábito da autodisciplina, aqueles técnicos observavam e estudavam tudo, e não deixaram de traçar comparações entre o sistema de trabalho das indústrias e dos supermercados, notando que este ultimo era completamente distinto daqueles primeiros. Num supermercado são os clientes, em função de atendimento de suas necessidades próprias, que determinam como deve ser o serviço de reposição de mercadorias em relação às marcas, quantidades e períodos; principalmente num regime econômico estável no qual é desnecessário manter estoques de produtos em casa, isto quer dizer que o consumidor é quem "puxa" pelas atividades daquele tipo de estabelecimento.

O sistema de produção puxada é uma maneira de conduzir o processo produtivo de tal forma que cada operação requisita, da operação anterior, os componentes e materiais para sua implementação somente no instante e quantidades que são necessários.

Este método choca-se frontalmente com o tradicional, no qual a operação anterior empurra o resultado de sua produção para a operação posterior, mesmo que esta não o necessite ou não esteja pronta para o seu uso.

Estendendo-se este conceito a toda empresa conclui-se que é o cliente quem decide o que se vai produzir, pois o processo de puxar a produção transmite a necessidade de demanda especifica a cada elo da corrente.

Retornando à sua Terra, aqueles técnicos procuraram adaptar tudo o que tinham visto nas indústrias e nos supermercados à sua tecnologia de gerenciamento de produção inventada há um século, desde que se lançaram ao mundo moderno.

Estes estudos redundaram em um sistema de administração da produção "puxada", controlada através de cartões, kanban.

Dentre outros propósitos, o mais importante no sistema de administração da produção através de kanban, assim como em qualquer outro sistema, é o de aumentar a produtividade e reduzir os custos através da eliminação de todos os tipos de funções desnecessárias ao processo produtivo.

O método é basicamente empírico e consiste em identificar as operações não agregadoras de valor, investiga-las individualmente, e através da técnica da tentativa e erro conseguir chegar a uma nova operação que apresentem resultado considerado satisfatório para aquele determinado problema para aquela empresa especifica.

Isto implica em que o sistema kanban não é um receita pronta que possa ser aplicada indistintamente a qualquer empresa. Mesmo dentro de uma única empresa serão apresentadas soluções diversas para cada uma das funções desnecessárias estudadas.

2.1 CONCEITOS BÁSICOS

O conceito básico é fabricar bens com a completa eliminação de funções desnecessárias à produção, na quantidade e tempo necessários, nem mais nem menos, eliminando-se estoques intermediários e de produtos acabados, com a consequente redução dos custos e o aumento da produtividade.

A grande maioria de pessoas fazem certa confusão entre o Sistema Kanban e o Sistema "Just-in-Time" – JIT. O Sistema Just-in-Time, que em português significa no momento exato ou ainda, num linguajar mais corriqueiro "em cima da hora", é um sistema de produção cuja ideia principal é fabricar produtos na quantidade necessária no momento exato em que o item seja requisitado, entendendo-se aqui que a exigência pode ter origem externa à fábrica, mercado consumidor, por exemplo, quanto interna, neste caso é feita por uma estação de trabalho subsequente aquela em que o item é produzido.

O Sistema Kanban é uma ferramenta para administrar o método de produção JIT, ou seja, é um sistema de informação através de cartões, tradução de kanban para o português, para controlar as quantidades a serem manufaturadas pela empresa.

2.2 COMO FUNCIONA

Vamos imaginar um processo produtivo simples, composta de um centro produtivo para a montagem do produto B – CP-B, que é composto, entre outros itens, do item A produzido no centro produtivo A, CP-A.

· Quando para a montagem de B são necessários itens A.

· O abastecedor do CP-B se dirige ao CP-A, com uma caixa vazia de produtos e o kanban de requisição de A.

· Coloca a caixa vazia no local apropriado, tomando o cuidado para retirar o kanban de requisição.

· Se dirige com o kanban de requisição ao estoque de itens acabados A.

· Confere os dados do cartão de requisição com os dados do kanban de produção que acompanha cada caixa de produto A.

· Se as informações estão idênticas, retira o kanban de produção da caixa e o coloca no quadro de cartões de produção do CP-A.

· Apanha a caixa com itens A, coloca nela o kanban de requisição e a transporta para o CP-B.

· Quando o serviço no CP-B inicia a produção com o itens A constantes da caixa de itens A recém-chegada, o cartão de requisição é retirado e enviado ao quadro de cartões de requisição do CP-B.

· A retirada dos kanbans de requisição do quadro é efetuada em horários pré-determinados ou então quando estiverem acumulados certo número de cartões.

· Em um centro produtivo no qual são produzidos mais do que um produto, os itens devem ser fabricados de acordo com a ordem sequencial dos kanbans que estão no quadro de cartões de produção.

· O produto ou a caixa de produto e o kanban devem se movimentar pela fábrica como um par, isto quer dizer que, é proibida a circulação de caixas sem kanban e de kanban sem caixa.

O sistema de controle da produção pelo sistema de kanbans deve funcionar, através dos diversos centro produtivos da empresa, como se fosse uma corrente contínua fechada. O resultado será que todos os centros de fabricação do sistema produtivo receberão no momento exato as quantidades necessárias de itens para que se cumpram os objetivos do programa de produção.

2.3 VANTAGENS DO KANBAN

Podemos identificar como sendo as principais vantagens de um sistema de controle da produção através de kanban, o seguinte:

· Eliminação do estoque de material em processo.

· Os setores produtivos são mais bem aproveitados, resultando numa maior capacidade total das linhas produtivas, ou seja, aumento da produtividade.

· Os tempos de obtenção (lead time) são reduzidos, quer em nível de itens individuais quer em termos de produto final. Portanto, podemos antecipar nossos prazos de entrega.

· Como trabalhamos num sistema de produção "puxada", o nível de existência de produtos finais poderá ser reduzido, ou até mesmo deixar de existir, lembremos que o cliente é quem determina o ritmo de produção, portanto se todo o sistema funcionar corretamente, quando o produto estiver terminado estará na hora de entregá-lo, portanto não necessita permanecer em armazém esperando ser entregue.

· O sistema permite uma identificação rápida das flutuações da demanda e proporciona uma resposta imediata, graças à adaptabilidade do sistema.

Este ponto é um tanto quanto polêmico, pois dá ensejo à confusão entre o que é causa e o que é efeito. Não há dúvidas que para a implantação do sistema de kanbans, uma série de atividades não agregadoras de valor são deslocadas para "fora da produção", as operações devem ser padronizadas, tornado o sistema flexível, portanto de fácil adaptabilidade às alterações de demanda.

3 5s HOUSEKEEPING

O Programa dos 5 S’s, como é conhecido no Japão; Housekeeping, nos países de língua inglesa; Teoria da Escova ou da Vassoura, em espanhol; consolidou-se no Japão a partir da década de 50.

Inicialmente buscava-se a reconstrução daquele País, e os 5 S’s basicamente representam um programa, um método que busca a eliminação de desperdícios.

Podemos, modestamente, definir que desperdício é tudo aquilo que consome algum tipo de recurso, porém não agrega o mínimo valor que seja a qualquer processo.

A partir deste movimento, de reconstrução do País, a manutenção do Programa nas indústrias foi simplesmente a confirmação de que aquilo que é bom, que traz benefícios e melhorias deve permanecer.

3.1 OS 5Ss

Seiri – Senso de Utilização

Seiton – Senso de Ordenação

Seisou – Senso de Limpeza

Seiketsu – Senso de Saúde

Shitsuke – Senso de Autodisciplina

· Senso de Utilização é ter noção da utilidade dos recursos que temos a nossa volta e separar que é útil de o que não é. Ficar só com o que é útil.

· Senso de Ordenação é colocar as coisas no lugar certo; é fazer as coisas na ordem certa.

· Senso de Limpeza é tirar o lixo, a poluição; evitar sujar, evitar poluir.

· Senso de Saúde é padronizar comportamento e valores de modo que tenhamos saúde. Física e mental para nós e também no ambiente.

· Saúde também da escola que cumpre seu papel sem traumas, da empresa que mantêm seu fluxo de caixa sempre positivo.

· Senso de Autodisciplina é a autogestão, cada um se cuidando, não se esquecendo de praticar o 5S para ficar cada vez melhor.

3.2 VANTAGENS DO 5S

· Ocupar-se-á menor espaço;

· Haverá espaço para ser ocupado com outras coisas;

· Eliminação do excesso de ferramentas, formulários, gavetas, armários, prateleiras, depósitos, estantes, etc…

· Descarte de objetos obsoletos, permitindo um melhor controle da vida útil de cada um deles;

· Eliminam-se partes e peças de reposição de modelos obsoletos;

· Ganho de tempo na procura e localização de material necessário a execução do trabalho;

· Ganho de tempo com inventários, menor quantidade de itens a inventariar;

· Redução dos estoques e dos espaços destinados a almoxarifado e armazéns;

· Menores recursos de mão de obra para manter controlar estoques e almoxarifados;

· Queda constante nos níveis de desperdício até eliminá-lo totalmente;

· Melhora no ambiente de trabalho, tanto se falando do aspecto físico como do aspecto de relacionamento humano;

· Redução no número de acidentes; elevação do aspecto moral das pessoas;

· Crescimento da iniciativa das pessoas com relação aos processos do negócio;

· Germinação da administração participativa;

· Desenvolvimento da criatividade das pessoas envolvidas com o negócio;

· Aumento dos ganhos com o aumento da produtividade e a redução dos desperdícios; baixíssimo custo de implantação;

· Quase nenhum custo operacional de manutenção do programa;

· Não necessita de uso de máquinas, computadores e programas de computação complicados ou sofisticados;

· Germinação e florescimento do processo de melhoria contínua (kaizen);

4 KAISEN

4.1 O QUE É?

Uma ferramenta de redução de custos através da melhoria contínua das rotinas empresariais pela correção das causas das falhas verificadas no produto ou serviço.

4.2 RESULTADOS ESPERADOS

Redução de custos pelo envolvimento de todo o pessoal na melhoria contínua das rotinas, transformando todo o quadro de funcionários em "resolvedores" de seus próprios problemas. Aumento do senso de responsabilidade do pessoal.

4.3 CARACTERÍSTICAS

A palavra japonesa Kaisen significa uma contínua melhoria e se aplica à melhorias incrementais nos processos de uma empresa ou organização. Ela se plica e se confunde com a ferramenta principal de promoção e geração de melhorias, o tratamento das "anomalias" do trabalho.

Chamamos "anomalia" a qualquer resultado indesejado de um serviço ou tarefa, de modo que os principais alvos para a geração de melhorias através do Kaisen podem ser, por exemplo:

· Atrasos;

· Defeitos;

· Inutilização de materiais;

· Desperdícios de toda sorte;

· Paradas imprevistas;

· Faltas de materiais.

Em todos os casos, se bem aplicada a técnica, cada causa será eliminada e os resultados serão os melhores possíveis e, muitas vezes, surpreendentes!

Através do Kaisen, autorizamos as pessoas a agir na correção de problemas e lhes ensinamos como fazê-lo corretamente. As pessoas aprendem a buscar as causas, ao invés dos "culpados", conseguindo-se com isto soluções efetivas e, de quebra, um ambiente de maior entendimento e melhores relacionamentos entre a equipe.

Com o Kaisen, abate-se a cultura de "varrer a sujeira para debaixo do tapete", a cultura da tolerância com as falhas e perdas de todo tipo.

Mobiliza-se toda a equipe para o combate aos erros e aos desperdícios, em todos os aspectos e por toda a organização.

Ao contrário do que se supõe normalmente nas empresas, os erros são muito mais de responsabilidade da chefia e gerência, que simples descuido ou indolência do pessoal operacional. Notoriamente, verifica-se que as causas estão, na maioria absoluta dos casos, numa destas categorias:

· Falta de treinamento no método.

· Método inadequado de trabalho;

· Falta de treinamento no método.

O que se revela ao implantarmos o Kaisen, como de resto ao implantarmos qualquer programa de gerenciamento participativo é que, na realidade, todas as pessoas gostam, apreciam e têm grande orgulho em fazer corretamente o seu trabalho, e se decepcionam quando este não apresenta os resultados esperados. E que só deixam de desempenhar corretamente o serviço quando uma das três condições acima ocorre.

E mais: revela-se que, como as pessoas apreciam e buscam a satisfação do trabalho bem feito, é na verdade muito fácil as mobilizar para contribuir para a melhoria, através da identificação das causas e da criação dos mecanismos necessários para que as falhas e erros não tornem a ocorrer.

Desta forma, temos um duplo efeito benéfico: além de contribuírem para a solução dos problemas da empresa ou organização, os funcionários também passam a se sentir mais satisfeitos, o que os torna mais produtivos e mais interessados em contribuir, num círculo virtuoso em que todos ganham, e que se acelera continuamente.

Passe a contar com a contribuição de todo o seu pessoal para a melhoria dos processos da organização através do Programa Kaisen de Melhoria Contínua.

5 JIDOKA

Alcançar um bom balanceamento de linha de produção significa conseguir a utilização plena dos respectivos trabalhadores: mantê-los ocupados. A norma ocidental de manter os trabalhadores ocupados traduz-se na aversão a paralisar a linha ou reduzir seu ritmo. Quando um ponto da linha começa a produzir peças defeituosas, o mais provável é que, sendo sério o problema, se coloque as peças de lado. As linhas de retrabalho, as estações de acabamento e coisas desse gênero são comuns junto às linhas de produção ocidentais.

Nas empresas norte-americanas, as ‘fábricas ocultas’ chegam a corresponder, às vezes, 15 a 40 por cento de sua capacidade total de produção. Por fábricas ocultas entendo o pessoal ou equipamento destinado ao retrabalho das peças consideradas insatisfatórias, o retrabalho das devoluções do campo e o reexame das peças rejeitadas.

Este tipo de problema pode acabar por emperrar o sistema de puxar a produção, pois quando se produz em pequenos lotes, não se pode correr o risco de ter peças defeituosas, sob pena de sacrificar a produção de todo aquele lote. A partir disso, seria necessário um novo período de Setup para a produção desse mesmo lote, o que geraria um ciclo de retrabalho.

As campanhas de "zero defeito" e de melhoria contínua dos processos ("Kaizen") levam os trabalhadores a contribuir com seu conhecimento formal e informal através de sistemas de sugestões e Círculos de Controle de Qualidade. Os conceitos de Controle de Qualidade por Toda a Empresa (CWQC ou TQC) trazem não só para o chão de fábrica, mas para todos os níveis hierárquicos da organização, métodos de solução de problemas e de controle de processo. Isto é feito através do uso da estatística e da padronização do trabalho de forma a racionalizar o processo de produção, fazendo certo da primeira vez. Ou, quando isto não é possível, buscando a melhor forma de fazê-lo, num aprendizado contínuo que vai paulatinamente sendo apropriado pela organização.

Nas fábricas japonesas, quem procurar instalações de retrabalho dificilmente as encontrará. Enquanto na maioria das indústrias ocidentais as peças defeituosas constituem ocorrência normal, no Japão elas constituem exceções que devem ser investigadas e eliminadas. Isto significa dizer que as operações da linha devem ter seu ritmo reduzido ou até serem totalmente paralisadas à vista de problemas na qualidade, para dar a quem esteja produzindo tais peças a oportunidade de assumir a responsabilidade por corrigir os erros que cometeu.

Os trabalhadores não precisarão necessariamente cruzar os braços, pois alguns deles poderão dirigir-se ao local do problema e ajudar a diagnosticá-lo e também corrigi-lo. Quando se desacelera o ritmo da linha, alguns trabalhadores podem ser provisoriamente transferidos de suas funções para algum outro ponto; aí então, o encarregado muda rapidamente a divisão dos serviços entre os trabalhadores restantes, para rebalancear a linha.

Dentro desse aspecto da filosofia, podemos citar várias técnicas que auxiliam nesta rápida detecção de problemas de qualidade na fonte, como por exemplo, o CEP (Controle Estatístico de Processo).

Saiba o que a renúncia de Bento XVI pode ensinar aos líderes corporativos

Professora da Harvard afirma que as pessoas não costumam pensar como é duro ser um líder

Por Karla Santana Mamona |12h15 | 27-02-2013

 

SÃO PAULO – Nesta quarta-feira (27), o papa Bento XVI fez a última audiência pública de seu pontificado. Amanhã, ele deixará seu posto. A renúncia do pontífice, segundo a professora e historiadora da liderança na Escola de Administração de Empresas da Universidade Harvard, Nancy Koehn, traz lições aos líderes do mundo empresarial.

A primeira, de acordo com uma entrevista publicada pelo "Harvard Business School Publishing”, é sobre a importância da resistência e do vigor físico, da capacidade de manter a energia pessoal em nível elevado e saudável de maneira muito consistente.

“É incrível como isso é difícil – e não é um problema específico do papa. Esse tipo de problema afeta todos, mas não se fala muito sobre isso. Não falamos sobre a força física, mental e emocional que um líder tem de ter.”

O  papa Bento XVI fez a última audiência pública nesta quarta-feira (reuters)O papa Bento XVI fez a última audiência pública nesta quarta-feira (reuters)

O segundo ensinamento é como é extraordinariamente difícil prover liderança eficaz. Ele é líder de mais de 1 bilhão de pessoas. O seu trabalho é difícil. Ainda há denúncias de abuso e escândalo dentro da organização. A professora explica que a renúncia parece distante, mas analisada com mais atenção não é.

“Ela se deve a tudo que um líder precisa enfrentar e ao fato de que isso não vai mudar. Ao contrário: Bento XVI está renunciando porque é improvável que as coisas melhorem para ele amanhã.”

A dureza de ser líder
Nancy Koehn afirma ainda que as pessoas não costumam falar como é duro ser um líder, porque gostam de acreditar, de maneira bastante romântica, que a questão de liderança está relacionada a uma qualidade nata. “Que os líderes são mais que humanos. Que são feitos de um material diferente, desceram do Olimpo para nos ajudar.”

Ela explica que as pessoas acreditam nisso porque é uma maneira de entusiasmar-se e que isso leva a desejar a trabalhar com esses líderes. “Isso estimula nossa esperança de que as pessoas dotadas de poder tenham um grande senso de responsabilidade, e possam oferecer respostas que não conseguimos ver.”