NÃO TENHA MEDO, ACREDITE QUE DARÁ CERTO!

por Ômar Souki

Até mesmo as pessoas otimistas por natureza se sentem culpadas, algumas vezes, por manter o alto-astral em um contexto aparentemente caótico. De fato, estamos enfrentando grandes desafios. Há uma distância perigosa entre ricos e pobres. Ainda prevalece a mentalidade de que para um ganhar o outro precisa perder. Até parece que a atitude ganha-ganha não funciona – para que eu ganhe não é preciso que o outro perca, podemos ambos ganhar.

Também existem pessoas que até gostariam de ser mais otimistas, mas diante da aparente perversidade do mundo acham que não é possível. Elas se perguntam: “Será que posso ter expectativas positivas perante tantos desastres e conflitos?”. Então, fora os otimistas convictos como eu, podemos identificar, pelo menos, três outros tipos de pessoas:

1. As que têm medo do otimismo.

2. As que são otimistas, mas se sentem culpadas.

3. As que gostariam de ser mais otimistas, porém não sabem como.

Foque na solução

É comum ouvirmos: “É perigoso ser otimista”, “Quer dizer que, mesmo que tudo esteja errado: a corrupção na política, violência, miséria, poluição desenfreada entre outros, você acha que tudo está bem?” e “Isso me cheira mais a irresponsabilidade e falta de compromisso”. Essas frases refletem a postura de pessoas que confundem otimismo com alienação. Elas têm medo dele porque não o conhecem.

No entanto, não é preciso se amedrontar com o otimismo, pois ele não indica fuga da realidade. Pelo contrário, uma atitude positiva diante da vida aumenta nossas possibilidades de resolver problemas. O otimista não ignora as dificuldades e crises, apenas acredita que existe solução. Esse foco na solução, e não no problema, é a característica básica de toda liderança. Para ser líder, em qualquer situação, seja na vida, negócios ou política, é importante que a pessoa seja otimista.

Se você não adota uma expectativa positiva logo pela manhã, não consegue enfrentar seu dia, pois desanima, para e enfraquece. Inúmeras pesquisas comprovam que o otimismo é fonte de saúde. Norman Cousins, um médico americano, constatou que estava com uma doença incurável. Como seus exames detectaram que ele teria apenas seis meses de vida, dedicou-se a fazer só o que gostava: viajar, assistir comédias e soltar boas gargalhadas.

Após os seis meses, ele refez os exames e verificou que estava completamente curado. O seu otimismo e alegria foram os responsáveis por sua cura. Cousins escreveu o livro A Força Curadora da Mente, no qual explica como o otimismo teve um papel fundamental no fortalecimento de seu sistema imunológico.

Dicas para ser mais otimistas

Estudos realizados na Universidade de Harvard comprovaram que os pessimistas são mais propensos a doenças. Constatou-se que eles tendem a ser mais passivos, mais lentos para tomar decisões e assumir as rédeas das crises. Por isso, vivenciam mais dificuldades durante a vida que os otimistas. Portanto, a pergunta óbvia é: como ser mais otimista? Confira três dicas.

Mude sua forma de explicar os desafios.

Por exemplo: ao perder um texto que acabou de digitar, não diga “estou perdido”, “que desgraça” ou “isso sempre acontece comigo”. Pelo contrário, respire fundo e fale para você: “Sim, isso é frustrante e estou chateado, mas posso agora escrever algo melhor ainda”. Dê significados positivos até mesmo às coisas que são aparentemente desagradáveis. Lembre-se de que toda moeda tem dois lados.

Mude seu padrão de pensamento.

Existem alguns pensamentos comuns que devem ser mudados, como:

EM VEZ DE PENSAR

MUDE PARA

“Será que vou conseguir chegar a tempo hoje?”

“Hoje, vou chegar dez minutos antes do meu compromisso.”

“Será que serei assaltado no ônibus?”

“Este dia trará surpresas agradáveis para mim.”

“Acho que será difícil vender para aquele cliente”.

“Estou preparado para encantar meus clientes.”

Procure conviver mais com pessoas otimistas.

Seja mais cuidadoso ao escolher suas companhias. Sempre que possível evite pessoas que só sabem reclamar. Observe à sua volta e identifique aquelas que estão mais dispostas e felizes. Aproxime-se delas e sinta a irradiação positiva que emana dos otimistas convictos. Deixe-se contaminar pelo otimismo. É bom para a saúde e melhor ainda para seus resultados.

Como sobreviver à crise sem emprego

Bruna Paese

Por Bruna Paese

Co-Founder at Art2City

Fiquei realmente impressionada e preocupada com a quantidade de mensagens que recebi essa semana devido ao meu texto "5 lições que um post no Linkedin me ensinou sobre demissão".

As mensagens de pessoas agradecendo ou solicitando uma indicação foram altas. Não sou headhunter, nem trabalho com RH, mas sou especialista em resolver problemas.

Então decidi fazer uma lista de coisas que tem me ajudado a sobreviver desde que escolhi seguir meu próprio caminho e que pode ajudar caso a busca por emprego esteja difícil ou a grana esteja curta.

1) Compartilhe conhecimento

Essa dica vale ouro, diamante e corais vermelhos da Córsega e não vale apenas em casos onde se está desempregado e busca-se uma recolocação no mercado ou uma renda extra. Compartilhar conhecimento é fundamental para tornar-se uma autoridade ou referência em determinado assunto, seja em vídeo ou em texto, palestra ou treinamento, essa sem dúvida é uma ferramenta que pode ajudar e muito em uma transição de carreira e até mesmo enfrentar a crise.

Conheço muitas pessoas que acreditam que se leva muito tempo para conquistar um determinado conhecimento e compartilhá-lo é entregar gratuitamente algo que foi sofrido conquistar, sendo assim, entendem que esse conhecimento é o seu diferencial.

Entendo, aceito, mas não é o tipo de estratégia que eu adotaria, primeiro porque conhecimento não é finito e sempre é possível ocorrer trocas, segundo que como as pessoas poderão saber o que você conhece se você não comunica?

Experimente perguntar para pessoas próximas, amigos e conhecidos o que eles acham que você faz da vida ou o que eles acham que você conhece sobre determinado assunto.

É impressionante como as pessoas não se importam muito com isso, e natural, elas tem suas próprias batalhas e limitações.

E como podemos compartilhar nosso conhecimento e fazer dinheiro com isso? Talvez a pergunta deveria ser, existe algum conhecimento que agregaria valor às pessoas e eu poderia cobrar por isso?

Certa vez fiz um coaching de carreira e a Alba Torres (melhor pessoa para isso) disse algo que me acompanha até hoje, geralmente quando entendemos muito de um assunto, ele é tão claro para nós que tendemos a acreditar que todo mundo sabe do mesmo. E é aí que mora nossa grande virtude.

Existem formas de perceber o que nos diferencia, seja quando alguém nos procura para pedir conselhos sobre determinado tema, ou quando nos referenciam dessa forma."Você é muito boa em planejar o futuro". "Queria um conselho, o que você faria nessa situação…" são alguns exemplos.

Textos: escreva, é terapeutico e aproxima as pessoas. Existe até forma de monetizar isso, escrevendo para blogs ou sendo freelance de conteúdo. Tem até sites especializados nisso, upwork.com é um deles mas é em inglês e a demanda é toda em inglês, vale muito a pena. Ferramentas como o Medium ou o próprio Linkedin ajudam a criar um público e aproximar pessoas interessadas no que você tem para contar.

Vídeos: esse é um pouco mais difícil que escrever textos, você precisa ter um certo domínio com as ferramentas e perder um pouco a síndrome do Rec, aquele que quando liga a camera a pessoa congela. Mas é indicsutível o poder desse meio. Seja para postar vídeos sobre temas de seu conhecimento no Youtube ou Facebook, quanto montar cursos e vender para pessoas que estejam interessadas no seu conteúdo.

Workshop ou palestras: montar cursos presenciais ou procurar empresas especializadas em agenciar palestrantes pode ser uma outra excelente opção, ainda mais se você tiver facilidade para lidar com grandes públicos.Em todos eles, pense no seu conteúdo como um produto, crie uma estratégia de execução, planeje frequência e liste alguns temas e conteúdo que você tenha interesse em falar. Crie seu próprio método e tente aprimorá-lo sempre que puder. Comunique-se!

2) Seja consultor

Quando decidi deixar a CLT para me tornar consultora, eu sabia que os desafios seriam grandes, principalmente o de fazer meu nome e me tornar uma autoridade no que fazia, até porque faço diversas coisas e no geral as pessoas me acham um pouco doidinha. Sou mesmo!

E essa é a parte mais incrível de estar aquém do mundo corporativo. As empresas estão constantemente procurando profissionais que não existem e frustrando seus funcionários porque não sabem o que fazer com eles.

Escrevi sobre isso aqui: A incrível geração que aprendeu a pensar fora da caixa e não pôde fazer nada com isso.

Ser consultor não é para todo mundo, confesso. É instável, na maioria das vezes você prospecta, atende, entrega, tem contratante que acha que você é um estagiário de elite ou que você é mais um funcionário e começa a te encher de processo rotineiro. É preciso ter calma e saber o papel dentro da organização e comunicar isso muito bem. Mas é gratificante e funciona muito bem para pessoas que gostam de melhoria de processos e visão de mudança.

Algumas áreas são privilegiadas, mas de forma geral, muitas áreas precisam de um consultor ou mentor. E hoje isso tem tido mais valor – apesar da profissão ser confundida com consultores de venda de produtos de beleza – devido a startups e empresas em início de operação. Se sua área for financeira e você for bom em reduzir custos, corre! Toda empresa em crise olha para esse fatores nesse momento.

Mesmo sem glamour, a consultoria é uma forma rentável de capitalizar seu conhecimento e pode ser a porta de entrada para outras loucuras, como o empreendedorismo.

3) Empreenda

Tenho sempre muito receio de dar esse "conselho", empreender também não é para todo mundo, acrescentando o fator crise, torna esse conselho muito perigoso.

Sou dessas aventureiras que empreendem sem dinheiro e é sofrido, tudo demora mais para acontecer, você tem que ter uma habilidade fora do normal de aproximar pessoas sem dar muitas garantias em troca, trabalha 14 horas por dia para dar conta do recado e mesmo assim, a conta não fecha.

A gente vive com menos, bemmmm menos, e mesmo sabendo que pode dar tudo errado, arrisca.

Sem contar que empreender não é só ter uma boa ideia ou dinheiro sobrando para abrir uma franquia. Vai muito além disso, é preciso estudar, ralar, estudar, ralar e mesmo aqueles empreendedores de sucesso que nunca entraram numa sala de aula de administração, se esforçaram e ralaram muito para entender a lógica de um negócio. Por tudo isso, tenho zelo ao recomendar o empreendedorismo como solução da crise. Meu e-commerce por exemplo, não tá vendendo nada, ou quase nada faz uns 6 meses, é um pouco deprimente às vezes, dá vontade de desistir sempre, é preciso ter bastante coragem e planejamento para conseguir continuar. E mais importante ainda, ter um limite, saber a hora de parar é muitos vezes mais importante do que ter coragem para começar.

Por outro lado, não podemos desconsiderar esse fator como sendo uma boa alternativa, pois é geralmente quando não temos mais nada a perder, ou tudo, dependendo do ponto de vista, que decidimos nos jogar de cabeça em nossos planos e sonhos, e garra e determinação são fundamentais para todo e qualquer empreendedor.

Outro dia, aquela amiga que motivou o post, me perguntou o que eu faria se tivesse um dinheiro x sobrando. Respondi que se fosse ela, montaria um curso itinerante de português e cultura brasileira (no caso ela é formada em letras) de 30 dias e passaria por algumas cidades européias vendendo e ensinando o Europeu a falar português. Talvez, se fosse eu com essa grana e falta de expectativa, montaria um curso de como fazer negócio no Brasil e seguiria a mesma lógica.

É preciso sempre ter cuidado com o discurso "larguei tudo para seguir meu sonho" porque ele é bem difícil, na real, é quase impossível. Mas se esse for seu desejo mais latente, procure um profissional, uma instituição que ofereça suporte e se joga! Se tudo der errado, você terá perdido o medo do risco e estará muito mais preparado para enfrentar os desafios caso precise voltar a trabalhar para alguém.

4) Seja voluntário

Nem toda experiência profissional vem de trabalhos remunerados, liderança, engajamento, execução, espírito de equipe são alguns dos exemplos que um trabalho voluntário pode trazer.

Se a empresa que você trabalha não oferece a oportunidade de desenvolver todas as habilidades, invista seu tempo em experiências que podem desenvolver alguma técnica nova, ou conhecimento novo.

No final do ano passado eu estava com dificuldade de encontrar clientes, então me lembrei que logo que me formei, participei de um projeto que dava consultoria sobre finanças e tecnologia gratuitamente para micro e pequenos empresários da região oeste do Paraná, além de enriquecedor, era uma forma muito interessante de estar conectado com pessoas e conhecimento em negócios. Foi então que decidi resgatar essa experiência e fundei o 300 mulheres.

Percebi ao participar de alguns grupos de empreendedorismo feminino que havia uma enorme diferença na forma como a mulher pensa um modelo de negócio e decidi focar nesse público. Hoje já somos em 3 quase 4 consultoras, todas voluntárias, fazendo consultoria gratuita para outras mulheres. E é lindo!

Indiretamente, esse projeto trouxe algumas oportunidades, dentre elas, mulheres atendidas que desejaram ir além da consultoria gratuíta e procuraram mais atendimento.

Sem duvida alguma, conhecer pessoas é a melhor forma de fortalecer um networking ativo, e acredite, a ajuda pode vir de onde a gente menos espera. Oportunize!

Reinvente-se

Em pouco tempo, o mundo que conhecemos hoje, com empregos tradicionais, pensamentos tradicionais, não irão mais existir. Recomendo a leitura do texto da Flávia Gamonar "A morte dos shoppings, o fim do Facebook e o futuro criado pelos Millennials".

Cá entre nós, você já pensou no que fará quando o mundo não for mais como conhecemos? Se os robôs e máquinas tomarem nossos empregos, o que faremos? Parece assustador e é, mas ao mesmo tempo é mágico. Já imaginou poder trabalhar somente com o que gosta? Ou poder viver da sua criatividade?

No futuro, bem próximo, a criatividade será diferencial, a colaboração será parte das nossas vidas e reinventar-se será uma parte bem comum desse processo.

Certa vez, li o livro "Espectro criativo" que mudou muito a minha forma de pensar a criatividade. Antes eu achava que criatividade era nato e que dificilmente poderíamos nos tornar alguém criativo. Não é uma verdade, não absoluta.

Ser curioso, estar disposto a mudanças, conhecer o novo, aprender a pensar na solução de um problema, são algumas das formas de se tornar uma pessoa mais criativa. Hoje em dia existem até cursos para isso.

Mas o mais importante de tudo é entender que cada novo começo leva tempo e precisa ter um foco e um objetivo, é muito fácil se perder quando temos um caminho inteiro pela frente. Na pior das hipóteses, ser ativo e pensar em alternativas pode trazer vantagens e destaque quando for a uma entrevista de emprego.

Honestamente, estar sem emprego nessa crise pode ser a melhor coisa que irá acontecer na sua vida. Ao invés de pensar no que você está perdendo, tente pensar nas possibilidades e oportunidades que você tem, seja o cargo que sempre sonhou ou o sonho que nunca achou que fosse possível acontecer. Alegre

Pesquisa: 89% das pessoas escutam rádio

08/06/2016 – quarta-feira


O consumo de rádio por parte da população brasileira segue alto no país neste ano de 2016, segundo levantamento realizado pelo Kantar Ibope Media. Assim como em 2015, 89% das pessoas residentes em 13 regiões metropolitanas ouvem rádio, representando mais de 52 milhões de ouvintes. Em média, cada pessoa passa mais de 5 horas por dia ouvindo rádio. Os números são relativos ao primeiro trimestre de 2016 (janeiro/fevereiro/março) e também mostra a afinidade do público de rádio por região pesquisada.

ACOMPANHE:
A média geral do consumo de rádio no Brasil com base nas áreas metropolitanas pesquisadas é de 89% da população pesquisada, representando 5 horas, 1 minuto e 30 segundos de média diária por pessoa.

Por região os números são os seguintes:
São Paulo (88% – 5h02m30s)
Rio de Janeiro (86% – 5h27m41s)
Salvador (88% – 4h47m04s)
Belo Horizonte (95% – 4h56m26s)
Distrito Federal (87% – 4h07m01s)
Curitiba (90% – 4h43m44s)
Recife (88% – 5h01m01s)
Porto Alegre (89% – 4h43m42s)
Fortaleza (93% – 5h13m41s)
Campinas (87% – 4h28m49s)
Goiânia (85% – 5h21m43s)
Florianópolis (90% – 4h36m20s)
Vitória (91% – 5h00m44s).

Em resumo, o maior alcance do rádio está em Belo Horizonte e o maior tempo médio de consumo ocorre no Rio de Janeiro.

O “Book de Rádio” de 2016 também aponta o consumo de rádio por dispositivo, informando que 56% acompanham o meio através de um receptor comum (cerca de 34 milhões de ouvintes), 15% através do celular (seja on-line ou FM – representando mais de 8 milhões de pessoas) e 5% pelo computador (jan-mar/2016 – alcance 2 dias).

E quando o assunto é local, 52% ouvem rádio em casa, 15% no carro, 10% no trabalho e 6% no trajeto (levantamento de outubro a dezembro/2015 – alcance 2 dias)

PERFIL DE PROGRAMAÇÃO E MUSICAL
O levantamento também aponta os “tipos de programas mais ouvidos” entre os ouvintes de rádio nas 13 regiões pesquisadas, referente ao trimestre agosto a setembro de 2015. 94% apontam “Qualquer estilo de música”, ou seja, programação musical corrida. 83% respondem “qualquer estilo de programa não-musical”, 71% noticiários (locais, nacionais ou internacionais), 61% notícias (policiais, trânsito ou tempo), 34% entrevistas / programas falados, 25% para comentários esportivos, 24% para programas religiosos, 23% preferem “esportes ao vivo”, 19% responderam “Programas Humorísticos / Comédias”, “Outros tipos de programas” e também “Conselhos / Opiniões”, 7% para “Moda e Estilo” e 5% “Radionovelas”. Vale lembrar que o público pesquisado pode opinar sobre mais de um estilo de programação.

Outro dado importante: 94% das pessoas que acompanham o meio ouvem música no rádio. A partir disso, há um “top 5” de gêneros. São eles: 50% prefere música sertaneja, 46% MPB, 45% Sucesso / As mais pedidas (nacional), 42% para Samba / Pagode e 39% para Sucesso / As mais pedidas (em inglês).
FONTE: TudoRadio.com

Capitão Faraó da Costa Calado–Baturité | CE

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1940

FARAÓ DA COSTA CALADO

31/12/1999

 

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1980

Filiação:

Faraó da Costa Calado é filho de João Calado da Costa e Gracinda da Silva Gueiros.
Antonieta Alves Calado é filha de Miguel Alves de Souza e Maria Dutra Alves de Souza.

Cônjuges:

· Faraó da Costa Calado
· Antonieta Alves Calado

Ele nasceu em Garanhuns, em Pernambuco.
Ela em Maranguape, no Ceará.

Profissões:

· Faraó da Costa Calado era Capitão R1 promovido a Major, pós-morte. Seu ingresso no Exército Brasileiro se deu em 1918. Participou da 1ª Guerra Mundial logo que ingressou no Exército Brasileiro, obedecendo às instruções de seus superiores. As primeiras foram no Rio de Janeiro escoltando alemães prisioneiros de guerra. Ingressou na Escola Regimental para completar seus estudos.

· Como efetivo da 2ª Companhia, fez parte de um contingente destinado ao 23º Batalhão de Caçadores pertencente ao Ceará.

· Faraó foi transferido para a 1ª Companhia e conduziu um contingente para a 1ª Região Militar.

· Houve um levante do 23º Batalhão na cidade de Souza, na Paraíba, onde ele foi transferido para o 1º Batalhão de Caçadores.

· Foi promovido por ordem do General Juarez Távora, como comandante do 2º Pelotão do grupo de Batalhão de Caçadores em Fortaleza, Ceará.

· Foi professor da Escola de Sargentos e em 1938, apresentou-se no quartel da 10ª Região Militar, em Fortaleza. Por ordem do Ministro da Guerra foi empossado no corpo de Delegado do Serviço Militar da 4ª Zona da 25ª Circunscrição com sede em Baturité, Ceará.

· Em Baturité – Janeiro de 1940:

Foi recebido pelo prefeito Ananias Arruda e pelo juiz de Direito daquela Comarca, Sr. Germiniano Jurema e do Tabelião do cartório Civil, Colombo Taumaturgo, e outras autoridades locais.

História:

· Faraó e Antonieta casaram-se em Parangaba e viajaram de imediato para Baturité. Em 1952 foi promovido a capitão e passou a ser diretor de Tiro de Guerra 249, durante 12 anos. Permaneceu até 1964.

· Recebeu mais de 50 títulos de Elogios e Louvores.
· Medalhas: do Pacificador, prata e bronze.
· Faraó era viúvo e tinha 5 filhos: Cleto, Lindembergue, Sevignê, Zélia e Tereza.
· Casou-se com Antonieta, ela também era viúva e tinha um filho: Aurélio.
· Todos foram morar em Baturité, estudar, principalmente o Cleto e Lindembergue, que entraram no Colégio dos Jesuítas para concluírem o curso colegial.
· Sevignê casou-se com Jaire Mesquita Aires, filho de Arcelino Aires e D. Patrícia Mesquita Aires, proprietários de sítios na serra de Baturité.
· Tereza e Zélia estudaram no colégio das Irmãs de Caridade por 5 anos, primeiro no internato, depois do externato.
· Do segundo casamento, o casal teve nove filhos, todos nascidos em Baturité.
· A primeira filha Gracinda, seguindo a ordem: Francisco de Assis (Tito), Tarcília, João Batista, Maria das Graças (Dadá), Miguel Sérgio, José César, Maria Antonieta (Tuluca) e Goretti.

· Cinco filhos se casaram com jovens de Baturité:

1. Gracinda com Aldemar Barros
2. Francisco de Assis com Fátima Dias
3. Miguel Sérgio com Maria das Graças Filomeno
4. José César com Irenice Lopes
5. Goretti com Aluízio Joaquim de Castro Júnior.

· A família Calado formou uma plêiade de 15 filhos, onde nove estudaram nos colégios Salesianos Dom Bosco e Maria Auxiliadora.

Quem era Faraó no dia-a-dia:

· Faraó era um homem simples, intelectual, disciplinado, gostava de boas músicas, escrever seus discursos que apresentava nos dias de comemorações militares aos alunos do Tiro de Guerra.

· Tinha um hobby: caçar nas serras que compunham o Maciço com seus amigos mais íntimos. Fazia longas caminhadas para apreciar a natureza do lugar.

· Com Antonieta, Faraó fez um par muito certo, pois os dois gostavam de quase todos os mesmos gostos, principalmente de ir à Igreja, assistir missas, rezar, fazer retiros, ler a Bíblia, etc.

A educação dos filhos:

· Foram orientados pelos pais nos deveres, nas pesquisas do colégio, nas notas dos boletins mensais. Na frequência à escola e na organização dos trabalhos, dos livros e cadernos.

· Faraó e Antonieta também cuidavam sempre da saúde dos filhos, acompanhando-os ao médico e dentista, nas aplicações de vacinas, etc. Eles, tanto Faraó como Antonieta, aplicavam injeções para que os filhos confiassem na dedicação dos pais e não sentissem medo quando isto precisasse.

· Antonieta era uma mãe devotada, com a ajuda do esposo, quando os filhos precisavam de suas compreensões, conselhos e orientações de comportamento, principalmente os que se tornavam adolescentes ou adultos. Mãe religiosa, carinhosa, mulher simples e amiga. Mulher caridosa, principalmente quando via um pobre sofrendo. Tinha a proteção e compreensão do esposo.

· Faraó era um homem enérgico, porém compreensivo; sabia reconhecer quando exagerava nas suas colocações. Foi um exemplo de pai para todos os filhos e de esposo.

· Antonieta sempre concordava com as concepções do esposo. Ela estava sempre entregue aos seus filhos em todas as horas que eles precisavam ou não.

“Nossos pais eram incríveis, preocupavam-se com nossos projetos de vida, o que pensávamos, como projetos para o futuro, os nossos relacionamentos com os amigos e amigas, com namorados e namoradas, etc. Preocupavam-se com os filhos que estavam pra casar, empregos, etc. Nossos pais, nossos irmãos foram as melhores pessoas em nossas idas, melhores amigos e conselheiros”. (Gracinda Calado)


PERFIL DE MEU PAI
Gracinda Calado

Aproxima-se o dia dos pais, gostaria de fazer uma homenagem ao meu inesquecível pai, e abraçar a todos os pais do Brasil.
Imaginei escrever o retrato de um homem, com letras gravar no papel a história, o lugar, o passado e a vida de meu pai.
Queria que a minha letra falasse de amor para aquele que me deu a vida.
Era um homem, como vários existem por aí, mas para mim ele era especial. Falar dele é retratá-lo como exemplo de pai, esposo, amigo, tudo que de bom a criatura humana pode representar na vida de alguém.
Durante toda sua vida traçou uma linha de conduta estruturada na vergonha, na honestidade.Homem puro, enérgico, seguro em suas decisões, cheio de amor pelos seus.
Durante sua vida militar , percorreu palmo a palmo sua trajetória cuja farda honrava e respeitava, passando para os filhos os ensinamentos que recebera em quartel e na vida, como amar e respeitar os símbolos nacionais e a pátria acima de tudo. Defendeu o país guardando suas fronteiras, amou a vida e amou a própria morte, pois nunca teve medo de enfrentá-la.Foi o maior amigo que conheci, abusei da sua amizade o quanto pude, trocamos compreensões e muito amor.Seu amor foi o mais sincero que já tive. Com ele aprendi enfrentar as dificuldades da vida de cabeça erguida, nunca esmorecer!
Este retrato de amor é meu pai: Faraó da Costa Calado.


HOMENAGM AO MEU PAI FARAÓ CALADO

GRACINDA CALADO

Em 1941 ELE chegou a Baturité, precisamente no dia 2 de Janeiro.

Para lá fora convocado para desempenhar a função de delegado da junta de alistamento militar. Viajaram de trem, ele, sua companheira e os filhos do primeiro casamento.

A máquina que carinhosamente chamavam de “Maria fumaça’ arrastava-se pelas curvas em caracóis da serra de Itapaí, deixava todos deslumbrados.

O verde dos montes em degradê prenunciava uma visão monumental da região a desbravar.

Meu pai chegou a Baturité e teve uma acolhida hospitaleira principalmente do povo e das autoridades do lugar.

Encantado pelo clima, o perfume das flores, o verde das serranias, o cheiro da fruta do café maduro, o gosto da água,

foi logo se apaixonando por tudo da cidade.

Amor á primeira vista! Amou tanto aquela cidade que se dizia baturiteense de coração.

Fez muitas amizades e de lá vieram ao mundo seus nove filhos.

Sua casa ficava às margens do rio Pacoti, antiga chácara de Luiz Punciono de Oliveira.

O lugar era agradável e muito tranquilo, rodeado de jardins e um lindo pomar.

Era uma casa grande antiga, mas aconchegante.

Em volta da casa muitas trepadeiras e perfumosos jasmins.

As acácias contornavam o lugar. O jardim era cuidado com muito zelo por minha mãe.

Á noite exalava um suave odor de rosas e bugaris.

Papai traçou sua vida estruturada na vergonha e na honestidade.

Homem puro, enérgico e seguro em suas decisões. Cheio de amor pelos seus, amigo de todas as horas.

Fiel às suas amizades não as decepcionava.

Percorreu palma a palmo sua trajetória, aquela que havia traçado em tempo de vida militar, cuja farda respeitava e honrava.

Em Baturité assumiu o dever de defender a pátria e orientar os jovens no serviço militar ou na vida cotidiana.

Amou a vida e amou a própria morte, pois a recebeu com muita coragem e firmeza.

Receba meu pai querido a homenagem de sua filha que não lhe esquece e que ainda lhe ama muito.

No dia dos pais, todo o meu carinho e as minhas saudades!


CANÇÃO PARA O MEU PAI

Gracinda Calado
(para meu pai Faraó Calado)
De repente no ar uma voz,
Um perfume, uma doce canção,
Tua forte presença marcante
Um desejo de louca visão.
Tua imagem aqui ao meu lado
Um sorriso , um gesto um olhar,
O teu timbre sonoro ressurge
Como um eco de um triste cantar
Como ébrio de tanta emoção
Ando tonta pra Lá e pra cá ,
Ouço tua voz quente e rouca,
Teu perfume espalhado no ar.
E o som que se vai lentamente,
E ecoa em todo lugar…
Acorda-me ansiosa do sonho
Que eu sempre esperei em sonhar.


CADEIRA VAZIA
GRACINDA CALADO

Ainda me lembro de tua cadeira de balanço, que nas tardes quentes te embalava.
Teu corpo cansado do peso da idade relaxava ao sopro da aragem que vinha do jardim.

Quantas coisas pela tua cabeça passavam… Derrotas e vitórias, sinceras amizades, amores que pereceram ao longo de tua jornada!

Como batia teu coração ao ouvir uma canção melodiosa!

O por do sol deixava rastos pelo chão fazendo a doce composição do lugar.
A noite chegava e com ela a solidão malvada de dias idos e sofridos, de alegrias derramadas pelo teu caminho, de mil histórias, muitas conquistadas e muitos sacrifícios…

Teus olhos não brilhavam mais, não enxergavam mais para ler os artigos dos jornais que tu gostavas de ler nas manhãs amenas em tua cadeira, fixa no mesmo lugar de todos os dias…

Grande pai tu foste em tuas responsabilidades, grandes atitudes distribuístes aos teus filhos, além do amor que tu dedicavas.

Esta cadeira hoje está vazia. Vazia do teu corpo, mas não de ti, que viverás para sempre na memória dos que te amam.

cadeira-de-balancoTua cadeira hoje se embala ao sopro do vento e dos teus pensamentos que ficaram gravados nela, para que hoje pudéssemos te ter sempre presente.

A cadeira foi teu refugio, teu aconchego, teu consolo, quando não podias mais caminhar sozinho pelos lugares que tu andavas, sem dificuldades…

Deixaste nela impregnados o cheiro do teu suor, o calor do teu corpo, o gosto de tuas lágrimas, as histórias do teu passado, o peso do teu caminhar.

Tua presença é tão verdadeira, como o som da tua voz forte ao chamar por minha mãe, tua companheira nas horas de solidão e de recordações, de alegrias e de sofrimentos, nas dores e nas alegrias do cotidiano.

Descansem em paz, papai e mamãe!


PESSOAS PASSAM EM NOSSAS VIDAS
Gracinda Calado

Muitas pessoas passam em nossas vidas, algumas como flores perfumando tudo.
Outras passam como chuvas de verão, chegam e vão logo embora.
Algumas nos ajudam a subir dando-nos as mãos para nos levantar.
Pessoas passam como anjos solidários da noite, chegam e saem devagarzinho como plumas de algodão.
Outras passam como verdadeiros furacões devastando tudo; outras não significam nada, nem sempre lembramos delas.
Algumas nos dão carinhos ou uma palavra de conforto e ânimo.
Pessoas passam como rios silenciosos, lavando nossos corações das tristezas e das agonias.
Outras deixam suas marcas, fazem raízes e se fixam em nossas vidas.
Pessoas existem que tomam conta de nosso ser, e tornam-se proprietárias de nosso coração..
Algumas passam deixam saudades…
Outras são vendavais de verão, miragem forte, ou ilusão.
Algumas são como rosas enfeitam e perfumam nossas vidas,
transformam nossos corações, aliviam nossas dores e elevam nossas almas.
Não sei qual a pessoa que você é; sei quem eu sou.
Desejo ser em sua vida o perfume das rosas e a beleza das orquídeas!

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“A gente não escolhe a cidade que vai nascer, mas adota a cidade que quer viver, a cidade do coração a cidade da vida!” (Gualber Calado)

GESTÃO DA PRODUÇÃO: ORGANIZAÇÃO, PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO

1. Introdução
Fatores mercadológicos se consolidaram na Revolução Industrial e conduziram a produção em larga escala e preços reduzidos. No final do século XIX com Frederick W Taylor, surgiram várias técnicas e princípios que norteavam as indústrias a identificar e transformar métodos de trabalho que obtinham maior produtividade e menor custo de produção. (JUNIOR, 2012, p. 15)
Nos tempos atuais a Administração da Produção segundo Junior (2012, p. 18-20) tem o objetivo de organizar a forma com que as empresas geram os produtos e serviços utilizando da melhor forma seus recursos disponíveis (homens, máquinas, tecnologia, etc).
Ainda de acordo com o autor um sistema de produção é composto por um processo, e processo por sua vez é uma atividade ou um conjunto de atividades que parte de um ou mais insumos (matéria-prima – entradas) e transforma-os em produtos ou serviços que são entregues aos clientes.
Cabe a Administração da Produção, analisar quais recursos (financeiros, homens, máquinas, etc) são disponíveis e a partir disso realizar um planejamento detalhado de como cada área precisa executar suas atividades, com prazos e todos os outros fatores necessários, analisando e controlando todos os possíveis desvios e imaginando cenários para que as eventuais não conformidades possam ser evitadas de modo a tornar todo o processo eficaz e eficiente.

2. Evolução Histórica da Administração da Produção
Antes mesmo do surgimento dos termos “gestão”, “administração” ou “engenharia de produção”, o homem já organizava seus produtos e procurava prestar seus serviços da melhor forma possível. Segundo Rentes (2011, p. 37 – 40), um dos registros mais antigos sobre administração da produção são dos Monges suméricos em 5000 a.C, onde os mesmos contabilizavam os estoques, empréstimos e impostos decorrentes de suas transações comerciais.
A partir da Revolução Industrial dos séculos XIII e XIX, surge à criação de fábricas, utilização intensiva de máquinas, os primeiros movimentos dos trabalhadores contra as condições de trabalho e a noção que o poderio econômico e político ligavam-se à capacidade de produção. (MOREIRA, 2012, p. 4).
Mas a Administração da Produção fica realmente evidente através dos trabalhos de Frederick W. Taylor que surge com a sistematização do conceito de produtividade, ou seja, a procura por melhores métodos de trabalho e de produção para se obter a melhoria constante na produtividade com o menor custo possível. (MARTINS E LAUGENI, 2005, p.2).
Ainda segundo o autor na década de 1910, Henri Ford cria a linha de montagem seriada, método que revoluciona os processos produtivos e que é utilizado até os dias atuais. Surgindo assim o conceito de produção em massa que significa grandes volumes de produtos padronizados (sem ou com baixíssima variação no produto final), o resultado dessa produção em massa foi a aumento de produtividade, qualidade e uniformidade dos produtos ofertados.

3. Administração da Produção

3.1. Conceito da Administração da Produção
A administração da produção, segundo Rentes (2011, p.41) pode ser definida como o conjunto das atividades de planejamento, gerenciamento e controle operacional da produção. De acordo com Chiavenato (2005, p.12-13 ) a administração da produção utiliza recursos físicos, materiais e a tecnologia de forma integrada e coordenada transformando-os em produtos e ou serviços.

Outra definição bastante difundida é que a administração da produção é: “o gerenciamento dos recursos diretos que são necessários para a obtenção dos produtos e serviços de uma organização”, sendo que essa função está concentrada em um processo de transformação de insumos (matéria- prima) através de componentes (pessoas, máquinas, ferramentas) obtendo o resultado desejado (DAVIS, AQUILANO E CHASE, 2001, p. 24 – 25).

3.2. Sistemas de Produção
De acordo com Moreira (2012, p. 7-9) sistema de produção é “o conjunto de atividades e operações inter-relacionadas envolvidas na produção de bens e serviços.”.

Habitualmente, os sistemas de produção são agrupados em três categorias:
a) Sistema de Produção em Lotes ou Fluxo Intermitente: produção limitada por lotes, sendo cada lote dimensionado a atender um determinado volume de vendas previstas. Ao término d a fabricação do lote de um produto, outros tipos de produtos são colocados nas máquinas. Esse sistema ganha em flexibilidade, mas perde em volume de produção se comparado ao Sistema de Produção Contínua. Exemplos de produção por lotes são as indústrias têxteis, de cerâmicas e brinquedos. (MOREIRA 2012, p.10 e CHIAVENATO, 2005 p.55-56).

b) Sistemas de Produção sob Encomenda: produção começa somente após receber o pedido ou a encomenda dos produtos. Sendo características marcantes desse sistema o alto custo e dificuldade gerencial no planejamento e no controle. Exemplos de produção sob encomenda são navios, aviões e produções de grandes estruturas. (MOREIRA 2012, p.11 e CHIAVENATO, 2005 P.53-54).

c) Sistema de Produção Contínua ou Fluxo em Linha: se adequam produtos bastante padronizados que fluem de um posto de trabalho a outro em uma sequência prevista. Sendo o ritmo de produção acelerado sem interrupções ou mudanças. Exemplos de produções contínuas são as indústrias automotivas, papel e celulose e eletrodomésticos de linha branca. (MOREIRA 2012, p.10 e CHIAVENATO, 2005 p.57).

3.3. Organização e Planejamento Estratégico da Manufatura
De acordo com Martins e Laugeni (2005, p. 6-7) a fábrica precisa sempre estar organizada e extremamente limpa, os funcionários devem ser treinados em várias funções, o processo produtivo precisa ser controlado do começo ao fim do processo, através de softwares integrados. Essa filosofia de organização está focada a alta produtividade e na eliminação de atividades que não agregam valor tendo também como resultado a prevenção de problemas e a diminuição dos estoques.
Segundo Moreira (2012, p. 12-13), o Planejamento estratégico de Manufatura além de ajudar na organização da produção, determina os objetivos, políticas e planos da empresa em longo prazo, pois ao se fazer o planejamento fica determinado quais produtos e ou serviços serão oferecidos e como serão utilizados os recursos para aquisição e locação de tecnologias, matéria-prima, pessoal e todos os outros mecanismos que envolvem a manufatura dos produtos e ou serviços oferecidos por essa empresa.

3.4. Planejamento e Controle da Produção
O Planejamento e Controle da Produção (PCP) segundo Martins e Laugeni (2005, p.213) é uma área de decisão da manufatura, onde tanto os planejamentos como o controle dos recursos dos processos produtivos devem resultar em bens e serviços.
Para Chiavenato (2005, p.99-100), o planejamento é uma função administrativa utilizada para determinar antecipadamente as metas que deverão ser atingidas e modo de alcançá-las da melhor maneira possível. Ou seja, o planejamento define o que deve ser feito, quando deve ser feito e por quem deve ser feito.
Ainda segundo o autor, o controle é a função administrativa que consiste em medir e corrigir possíveis falhas no desempenho a fim de assegurar que a execução do planejamento seja feita da melhor forma. Ou seja, a missão do controle é verificar se tudo está sendo feito conforme o que foi planejado e identificar possíveis erros com a intenção de corrigi-los e evitar perdas no processo e principalmente que os mesmos erros ou falhas se repitam.

De acordo com Moreira (2012, p.362), unindo as funções de planejamento e controle da produção pretende-se alcançar os seguintes objetivos comuns:
a) Permitir que os produtos tenham qualidade especificada;

b) Fazer com que máquinas e pessoas operem com os níveis desejados de produtividade;

c) Reduzir os estoques e os custos operacionais;

d) Manter ou melhorar o nível de atendimento ao cliente.
Para que esses objetivos sejam de fato alcançados a função de PCP necessita manter uma rede de relação com as demais áreas da empresa a fim de utilizar de maneira mais racional os recursos empresariais (materiais, humanos, financeiros etc). (CHIAVENATO, 2005, p. 103-104)
Portanto, o sistema de planejamento e controle da produção está relacionado à estratégia de manufatura e apoia a tomada de decisões táticas e operacionais da empresa, sempre informando e controlando corretamente a situação dos recursos, da ordem de compra e de produção com o intuito de diminuir as perdas, erros e falhas, aumentar a produtividade e a qualidade dos produtos e do atendimento ao cliente. (MARTINS E LAUGENI, 2005, p.213- 214).

4. Informática Auxiliando a Administração da Produção
A tecnologia da informação segundo Davis, Aquilano e Chase (200, p. 82-84) tem tido um impacto significativo e positivo em como os produtos e serviços são ofertados. A utilização de sistemas integrados auxilia na comunicação entre todas as áreas da empresa e faz com que as informações não sejam perdidas e ainda que todos saibam e consigam buscar qualquer detalhe do processo. Ou seja, integra os aspectos da produção em um sistema automatizado.
Ainda de acordo com os autores as seguintes razões também podem apoiar a decisão da empresa em investir na tecnologia da informação:
Manter participação no mercado; Evitar grandes perdas; Criar maior flexibilidade e adaptabilidade; Melhorar a resposta; Melhorar a qualidade dos serviços; Elevar a previsibilidade das operações.
Portanto, a utilização informática pode aumentar substancialmente a participação da empresa no mercado e também aumentar seus lucros, bem como o relacionamento com os clientes. Mas vale lembrar que nem sempre a tecnologia da informação pode auxiliar na produtividade, entretanto, os ganhos nas informações e nas razões a cima citadas faz valer o investimento.

A nova marcha dos insensatos e sua primeira vítima

Do blog de Mauro Santayana

Publicado em 31/07/2015 (http://www.maurosantayana.com/2015/07/a-nova-marcha-dos-insensatos-e-sua_31.html)

Mauro Santayana

Esperam-se, para o próximo dia 16 de agosto — mês do suicídio de Vargas e de tantas desgraças que já se abateram sobre o Brasil — novas manifestações pelo impeachment da Presidente da República, por parte de pessoas que acusam o governo de ser corrupto e comunista e de estar quebrando o país.

Se esses brasileiros, antes de ficar repetindo sempre os mesmos comentários dos portais e redes sociais, procurassem fontes internacionais em que o mercado financeiro normalmente confia para tomar suas decisões, como o FMI – Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, veriam que a história é bem diferente, e que se o PIB e a renda per capita caíram, e a dívida pública líquida praticamente dobrou, foi no governo Fernando Henrique Cardoso.

Segundo o Banco Mundial, o PIB do Brasil, que era de 534 bilhões de dólares, em 1994, caiu para 504 bilhões de dólares, quando Fernando Henrique Cardoso deixou o governo, oito anos depois.

Para subir, extraordinariamente, destes 504 bilhões de dólares, em 2002, para 2 trilhões, 346 bilhões de dólares, em 2014, último dado oficial levantado pelo Banco Mundial, crescendo mais de 400% em dólares, em apenas 11 anos, depois que o PT chegou ao poder.

E isso, apesar de o senhor Fernando Henrique Cardoso ter vendido mais de 100 bilhões de dólares em empresas brasileiras, muitas delas estratégicas, como a Telebras, a Vale do Rio Doce e parte da Petrobras, com financiamento do BNDES e uso de “moedas podres”, com o pretexto de sanear as finanças e aumentar o crescimento do país.

Com a renda per capita ocorreu a mesma coisa. No lugar de crescer em oito anos, a renda per capita da população brasileira, também segundo o Banco Mundial — caiu de 3.426 dólares, em 1994, no início do governo, para 2.810 dólares, no último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, em 2002. E aumentou, também, em mais de 400%, de 2.810 dólares, para 11.208 dólares, também segundo o World Bank, depois que o PT chegou ao poder.

O salário mínimo, que em 1994, no final do governo Itamar Franco, valia 108 dólares, caiu 23%, para 81 dólares, no final do governo FHC e aumentou em três vezes, para mais de 250 dólares, agora.

As reservas monetárias internacionais — o dinheiro que o país possui em moeda forte — que eram de 31,746 bilhões de dólares, no final do governo Itamar Franco, cresceram em apenas algumas centenas de milhões de dólares por ano, para37.832 bilhões de dólares — nos oito anos do governo FHC.

Nessa época, elas eram de fato, negativas, já que o Brasil, para chegar a esse montante, teve que fazer uma dívida de 40 bilhões de dólares com o FMI.

Depois, elas se multiplicaram para 358,816 bilhões de dólares em 2013, e para 370,803 bilhões de dólares, em dados de ontem (Bacen), transformando o Brasil de devedor em credor do FMI, depois do pagamento total da dívida com essa instituição em 2005, e de emprestarmos dinheiro para o Fundo Monetário Internacional, quando do pacote de ajuda à Grécia em 2008.

E, também, no terceiro maior credor individual externo dos EUA, segundo consta, para quem quiser conferir, do próprio site oficial do tesouro norte-americano — (usa treasury).

O IED – Investimento Estrangeiro Direto, que foi de 16,590 bilhões de dólares, em 2002, no último ano do Governo Fernando Henrique Cardoso, também subiu mais de quase 400%, para 80,842 bilhões de dólares, em 2013, depois que o PT chegou ao poder, ainda segundo dados do Banco Mundial: passando de aproximadamente 175 bilhões de dólares nos anos FHC (mais ou menos 100 bilhões em venda de empresas nacionais) para 440 bilhões de dólares entre 2002 e 2014.

A dívida pública líquida (o que o país deve, fora o que tem guardado no banco), que, apesar das privatizações, dobrou no Governo Fernando Henrique, para quase 60%, caiu para 35%, agora, 11 anos depois do PT chegar ao poder.

Quanto à questão fiscal, não custa nada lembrar que a média de déficit público, sem desvalorização cambial, dos anos FHC, foi de 5,53%, e com desvalorização cambial, de 6,59%, bem maior que os 3,13% da média dos anos que se seguiram à sua saída do poder; e que o superavit primário entre 1995 e 2002 foi de 1,5%, muito menor que os 2,98% da média de 2003 e 2013 — segundo Ipeadata e o Banco Central.

E, ao contrário do que muita gente pensa, o Brasil ocupa, hoje, apenas o quinquagésimo lugar do mundo, em dívida pública, em situação muito melhor do que os EUA, o Japão, a Zona do Euro, ou países como a Alemanha, a França, a Grã Bretanha — cujos jornais adoram ficar nos ditando regras e “conselhos” — ou o Canadá (economichelp).

Também ao contrário do que muita gente pensa, a carga tributária no Brasil caiu ligeiramente, segundo Banco Mundial, de 2002, no final do governo FHC, para o último dado disponível, de dez anos depois, e não está entre a primeiras do mundo, assim como a dívida externa, que caiu mais de 10 pontos percentuais nos últimos dez anos, e é a segunda mais baixa, depois da China, entre os países do G20 (quandl).

Não dá, para, em perfeito juízo, acreditar que os advogados, economistas, empresários, jornalistas, empreendedores, funcionários públicos, majoritariamente formados na universidade, que bateram panelas contra Dilma em suas varandas, no início do ano, acreditem mais nos boatos das redes sociais, do que no FMI e no Banco Mundial, organizações que podem ser taxadas de tudo, menos de terem sido “aparelhadas” pelo governo brasileiro e seus seguidores.

Considerando-se estas informações, que estão, há muito tempo, publicamente disponíveis na internet, o grande mistério da economia brasileira, nos últimos 12 anos, é saber em que dados tantos jornalistas, economistas, e “analistas”, ouvidos a todo momento, por jornais, emissoras de rádio e televisão, se basearam, antes e agora, para tirar, como se extrai um coelho da cartola — ou da "cachola" — o absurdo paradigma, que vêm defendendo há anos, de que o Governo Fernando Henrique foi um tremendo sucesso econômico, e de que deixou “de presente” para a administração seguinte, um país econômica e financeiramente bem sucedido.

Nefasto paradigma, este, que abriu caminho, pela repetição, para outra teoria tão frágil quanto mentirosa, na qual acreditam piamente muitos dos cidadãos que vão sair às ruas no próximo dia seis: a de que o PT estaria, agora, jogando pela janela, essa — supostamente maravilhosa – “herança” de Fernando Henrique Cardoso.

O pior cego é o que não quer ver, o pior surdo, o que não quer ouvir.

Está certo que não podemos ficar apenas olhando para o passado, que temos de enfrentar os desafios do presente, fruto de uma crise que é internacional, e que é constantemente alimentada e realimentada por medidas de caráter jurídico que afetam a credibilidade e a estabilidade de empresas e por uma intensa campanha antinacional, que fazem com que estejamos crescendo pouco, neste ano, embora haja diversos países ditos “desenvolvidos” que estejam muito mais endividados e crescendo menos ainda do que nós.

Assim como também é verdade que esse governo não é perfeito, e que se cometeram vários erros na economia, que poderiam ter sido evitados, principalmente nos últimos anos, como desonerações desnecessárias e um tremendo incentivo ao consumo que prejudicou — entre outras razões, também pelo aumento da importação de supérfluos e de viagens ao exterior — a balança comercial.

Mas, pelo amor de Deus, não venham nos impingir nenhuma dessas duas fantasias, que estão empurrando muita gente a sair às ruas para se manifestar: nem Fernando Henrique salvou o Brasil, nem o PT está quebrando um país que em 2002, era a décima-quarta maior economia do mundo, e que hoje já ocupa o sétimo lugar.

Muitos brasileiros também vão sair às ruas, mais esta vez, por acreditar — assim como fazem com relação à afirmação de que o PT quebrou o país — que o governo Dilma é comunista e que ele quer implantar uma ditadura esquerdista no Brasil.

Quais são os pressupostos e características de um país democrático, ao menos do ponto de vista de quem "acredita" e defende o capitalismo?

a) a liberdade de expressão — o que não é verdade para a maioria dos países ocidentais – dominados por grandes grupos de mídia pertencentes a meia dúzia de famílias, mas que, do ponto de vista formal, existe plenamente por aqui;

b) a liberdade de empreender, ou de livre iniciativa, por meio da qual um indivíduo qualquer pode abrir ou encerrar uma empresa de qualquer tipo, quando quiser;

c) a liberdade de investimento, inclusive para capitais estrangeiros;

d) um sistema financeiro particular independente e forte;

e) apoio do governo à atividade comercial e produtiva;

f) a independência dos poderes;

g) um sistema que permita a participação da população no processo político, na expressão da vontade da maioria, por meio de eleições livres e periódicas, para a escolha, a intervalos regulares e definidos, de representantes para o Executivo e o Legislativo, nos municípios, Estados e União.

Todas essas premissas e direitos estão presentes e vigentes no Brasil.

Não é o fato de ter como símbolo uma estrela solitária ou vestir uma roupa vermelha — hábito que deveria ter sido abandonado pelo PT há muito tempo, justamente para não justificar o discurso adversário de que o PT não é um partido "brasileiro" ou "patriótico" — que transformam alguém em comunista — e aí estão botafoguenses e colorados que não me deixam mentir, assim como o Papai Noel, que se saísse inadvertidamente às ruas, no dia 6, provavelmente seria espancado brutalmente, depois de ter o conteúdo de seu saco de brinquedos revistado e provavelmente “apreendido” à procura de dinheiro de corrupção.

Da mesma forma que usar uma bandeira do Brasil não transforma, automaticamente, ninguém em patriota, como mostrou a foto do Rocco Ritchie, o filho da Madonna, no Instagram, e os pavilhões nacionais pendurados na entrada do prédio da Bolsa de Nova Iorque, quando da venda de ações de empresas estratégicas brasileiras, na época da privataria.

Qualquer pessoa de bom senso prefere um brasileiro vestido de vermelho — mesmo que seja flamenguista ou sãopaulino, que não são, por acaso, times do meu coração — do que um que vai para a rua, vestido de verde e amarelo, para defender a privatização e a entrega, para os EUA, de empresas como a Petrobras.

O PT é um partido tão comunista, que o lucro dos bancos, que foi de aproximadamente 40 bilhões de dólares no governo Fernando Henrique Cardoso, aumentou para 280 bilhões de dólares nos oito anos do governo Lula.

É claro que isso ocorreu também por causa do crescimento da economia, que foi de mais de 400% nos últimos 12 anos, mas só o fato de não aumentar a taxação sobre os ganhos dos mais ricos e dos bancos — que, aliás, teria pouquíssima chance de passar no Congresso Nacional — já mostra como é exagerado o medo que alguns sentem do “marxismo” do Partido dos Trabalhadores.

O PT é um partido tão comunista, que grandes bancos privados deram mais dinheiro para a campanha de Dilma e do PT do que para os seus adversários nas eleições de 2014.

Será que os maiores bancos do país teriam feito isso, se dessem ouvidos aos radicais que povoam a internet, que juram, de pés juntos, que Dilma era assaltante de banco na década de 1970, ou se desconfiassem que ela é uma perigosa terrorista, que está em vias de dar um golpe comunista no Brasil?

O PT é um partido tão comunista que nenhum governo apoiou, como ele, o capitalismo e a livre iniciativa em nosso país.

Foi o governo do PT que criou o Construcard, que já emprestou mais de 20 bilhões de reais em financiamento, para compra de material de construção, beneficiando milhares de famílias e trabalhadores como pedreiros, pintores, construtores; que criou o Cartão BNDES, que atende, com juros subsidiados, milhares de pequenas e médias empresas e quase um milhão de empreendedores; que aumentou, por mais de quatro, a disponibilidade de financiamento para crédito imobiliário — no governo FHC foram financiados 1,5 milhão de unidades, nos do PT mais de 7 milhões — e o crédito para o agronegócio (no último Plano Safra de Fernando Henrique, em 2002, foram aplicados 21 bilhões de reais, em 2014/2015, 180 bilhões de reais, 700% a mais) e a agricultura familiar (só o governo Dilma financiou mais de 50 bilhões de reais contra 12 bilhões dos oito anos de FHC).

Aumentando a relação crédito-PIB, que era de 23%, em dezembro de 2002, para 55%, em dezembro de 2014, gerando renda e empregos e fazendo o dinheiro circular.

As pessoas reclamam, na internet, porque o governo federal financiou, por meio do BNDES, empresas brasileiras como a Braskem, a Vale e a JBS.

Mas, estranhamente, não fazem a mesma coisa para protestar pelo fato do governo do PT, altamente “comunista”, ter emprestado — equivocadamente a nosso ver — bilhões de reais para multinacionais estrangeiras, como a Fiat e a Telefónica (Vivo), ao mesmo tempo em que centenas de milhões de euros, seguem para a Europa, como andorinhas, todos os anos, em remessa de lucro, para nunca mais voltar.

A questão militar

Outro mito sobre o suposto comunismo do PT, é que Dilma e Lula, por revanchismo, sejam contra as Forças Armadas, quando suas administrações, à frente do país, começaram e estão tocando o maior programa militar e de defesa da história brasileira.

Lula nunca pegou em armas contra a ditadura. No início de sua carreira como líder de sindicato, tinha medo “desse negócio de comunismo” — como já declarou uma vez — surgiu e subiu como uma liderança focada na defesa de empregos, aumentos salariais e melhoria das condições de classe de seus companheiros de trabalho, operários da indústria automobilística de São Paulo, e há quem diga que teria sido indiretamente fortalecido pelo próprio regime militar para impedir o crescimento político dos comunistas em São Paulo.

Dilma, sim, foi militante de esquerda na juventude, embora nunca tenha pego em armas, a ponto de não ter sido acusada disso sequer pela Justiça Militar.

Mas se, por esta razão, ela é comunista, seria possível acusar desse mesmo “crime” também José Serra, Aloísio Nunes Ferreira, e muitos outros que antes eram contra a ditadura e estão, hoje, contra o PT.

Se o PT tivesse alguma coisa contra a Marinha, ele teria financiado, por meio do PROSUB, a construção do estaleiro e da Base de Submarinos de Itaguaí, e investido 7 bilhões de dólares no desenvolvimento conjunto com a França, de vários submersíveis convencionais e do primeiro submarino nuclear brasileiro, cujo projeto se encontra hoje ameaçado, porque suas duas figuras-chave, o Presidente do Grupo Odebrecht, e o Vice-Almirante Othon Pinheiro da Silva, figuras públicas, com endereço conhecido, estão desnecessária e arbitrariamente detidos, no âmbito da "Operação Lava-Jato"?

Teria, da mesma forma, o governo do PT, comprado novas fragatas na Inglaterra, voltado a fabricar navios patrulha em nossos estaleiros, até para exportação para países africanos, investido na remotorização totalmente nacional de mísseis tipo Exocet, na modernização do navio aeródromo (porta-aviões) São Paulo, na compra de um novo navio científico oceanográfico na China, na participação e no comando por marinheiros brasileiros das Forças de Paz da ONU no Líbano ?

Se fosse comunista, o governo do PT estaria, para a Aeronáutica, investido bilhões de dólares no desenvolvimento conjunto com a Suécia, de mais de 30 novos caças-bombardeio Gripen NG-BR, que serão fabricados dentro do país, com a participação de empresas brasileiras e da SAAB, com licença de exportação para outras nações, depois de uma novela de mais de duas décadas sem avanço nem solução, que começou no governo FHC ?

Se fosse comunista — e contra as forças armadas — teria o governo do PT encomendado à Aeronáutica e à Embraer, com investimento de um bilhão de reais, do governo federal, o projeto do novo avião cargueiro militar multipropósito KC-390, desenvolvido com a cooperação da Argentina, do Chile, de Portugal e da República Tcheca, capaz de carregar até blindados, que já começou a voar neste ano — a maior aeronave já fabricada no Brasil?

Teria comprado, para os Grupos de Artilharia Aérea de Auto-defesa da FAB, novas baterias de mísseis IGLA-S; ou feito um acordo com a África do Sul, para o desenvolvimento conjunto — em um projeto que também participa a Odebrecht — com a DENEL Sul-africana, do novo míssil ar-ar A-Darter, que ocupará os nossos novos caças Gripen NG BR?

Se fosse um governo comunista, o governo do PT teria financiado o desenvolvimento, para o Exército, do novo Sistema Astros 2020, e recuperado financeiramente a AVIBRAS ?

Se fosse um governo comunista, que odiasse o Exército, o governo do PT teria financiado e encomendado a engenheiros dessa força, o desenvolvimento e a fabricação, com uma empresa privada, de 2.050 blindados da nova família de tanques Guarani, que estão sendo construídos na cidade de Sete Lagoas, em Minas Gerais?

Ou o desenvolvimento e a fabricação da nova família de radares SABER, e, pelo IME e a IMBEL, para as três armas, da nova família de Fuzis de Assalto IA-2, com capacidade para disparar 600 tiros por minuto, a primeira totalmente projetada no Brasil?

Ou encomendado e investido na compra de helicópteros russos e na nacionalização de novos helicópteros de guerra da Helibras e mantido nossas tropas — em benefício da experiência e do prestígio de nossas forças armadas — no Haiti e no Líbano?

Em 2012, o novo Comandante do Exército, General Eduardo Villas Bôas, então Comandante Militar da Amazônia, respondeu da seguinte forma a uma pergunta, em entrevista à Folha de São Paulo:

Lucas Reis:

“Em 2005, o então Comandante do Exército, general Albuquerque, disse “o homem tem direito a tomar café, almoçar e jantar, mas isso não está acontecendo (no Exército). A realidade atual mudou?

General Eduardo Villas Bôas:

“Mudou muito. O problema é que o passivo do Exército era muito grande, foram décadas de carência. Desde 2005, estamos recebendo muito material, e agora é que estamos chegando a um nível de normalidade e começamos a ter visibilidade. Não discutimos mais se vai faltar comida, combustível, não temos mais essas preocupações.”

Deve ter sido, também, por isso, que o General Villas Bôas, já desmentiu, como Comandante do Exército, neste ano, qualquer possibilidade de "intervenção militar" no país, como se pode ver aqui (O recado das armas).

A questão externa

A outra razão que contribui para que o governo do PT seja tachado de comunista, e muita gente saía às ruas, no domingo, é a política externa, e a lenda do “bolivarianismo” que teria adotado em suas relações com o continente sul-americano.

Não é possível, em pleno século XXI, que os brasileiros não percebam que, em matéria de política externa e economia, ou o Brasil se alia estrategicamente com os BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul), potências ascendentes como ele; e estende sua influência sobre suas áreas naturais de projeção, a África e a América Latina — incluídos países como Cuba e Venezuela, porque não temos como ficar escolhendo por simpatia ou tipo de regime — ou só nos restará nos inserir, de forma subalterna, no projeto de dominação europeu e anglo-americano?

Ou nos transformarmos, como o México, em uma nação de escravos, como se pode ver aqui (O México e a América do Sul) que monta peças alheias, para mercados alheios, pelo módico preço de 12 reais por dia o salário mínimo?

Jogando, assim, no lixo, nossa condição de quinto maior país do mundo em território e população e sétima maior economia, e nos transformando, definitivamente, em mais uma colônia-capacho dos norte-americanos?

Ou alguém acha que os Estados Unidos e a União Europeia vão abrir, graciosamente, seus territórios e áreas sob seu controle, à nossa influência, política e econômica, quando eles já competem, descaradamente, conosco, nos países que estão em nossas fronteiras?

Do ponto de vista dessa direita maluca, que acusa o governo Dilma de financiar, para uma empresa brasileira, a compra de máquinas, insumos e serviços no Brasil, para fazer um porto em Cuba — a mesma empresa brasileira está fazendo o novo aeroporto de Miami, mas ninguém toca no assunto, como se pode ver aqui (A Odebrecht e o BNDES) — muito mais grave, então, deve ter sido a decisão tomada pelo Regime Militar no Governo do General Ernesto Geisel.

Naquele momento, em 1975, no bojo da política de aproximação com a África inaugurada, no Governo Médici, pelo embaixador Mario Gibson Barbosa, o Brasil dos generais foi a primeira nação do mundo a reconhecer a independência de Angola.

Isso, quando estava no poder a guerrilha esquerdista do MPLA – Movimento Popular para a Libertação de Angola, comandado por Agostinho Neto, e já havia no país observadores militares cubanos, que, com uma tropa de 25.000 homens, lutariam e expulsariam, mais tarde, no final da década de 1980, o exército racista sul-africano, militarmente apoiado por mercenários norte-americanos, do território angolano depois da vitoriosa batalha de Cuito-Cuanavale.

Ao negar-se a meter-se em assuntos de outros países, como Cuba e Venezuela, em áreas como a dos “direitos humanos”, Dilma não faz mais do fez o Regime Militar brasileiro, com uma política externa pautada primeiro, pelo “interesse nacional”, ou do “Brasil Potência”, que estava voltada, como a do governo do PT, prioritariamente para a América do Sul, a África e a aproximação com os países árabes, que foi fundamental para que vencêssemos a crise do petróleo.

Também naquela época, o Brasil recusou-se a assinar qualquer tipo de Tratado de Não Proliferação Nuclear, preservando nosso direito a desenvolver armamento atômico, possibilidade essa que nos foi retirada definitivamente, com a assinatura de um acordo desse tipo no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Se houvesse, hoje, um Golpe Militar no Brasil, a primeira consequência seria um boicote econômico por parte do BRICS e de toda a América Latina, reunida na UNASUL e na CELAC, com a perda da China, nosso maior parceiro comercial, da Rússia, que é um importantíssimo mercado para o agronegócio brasileiro, da Índia, que nos compra até mesmo aviões radares da Embraer, e da Àfrica do Sul, com quem estamos também intimamente ligados na área de defesa.

O mesmo ocorreria com relação à Europa e aos EUA, de quem receberíamos apenas apoio extra-oficial, e isso se houvesse um radical do partido republicano na Casa Branca.

Os neo-anticomunistas brasileiros reclamam todos os dias de Cuba, um país com quem os EUA acabam de reatar relações diplomáticas, visitado por três milhões de turistas ocidentais todos os anos, em que qualquer visitante entra livremente e no qual opositores como Yoani Sanchez atacam, também, livremente, o governo, ganhando dinheiro com isso, sem ser incomodados.

Mas não deixam de comprar, hipocritamente, celulares e gadgets fabricados em Shenzen ou em Xangai, por empresas que contam, entre seus acionistas, com o próprio Partido Comunista.

Serão os "comunistas" chineses — para a neo-extrema-direita nacional — melhores que os "comunistas" cubanos ?

A questão política

A atividade política, no Brasil, sempre funcionou na base do “jeitinho” e da “negociação”.

Mesmo quando interrompido o processo democrático, com a instalação de ditaduras — o que ocorreu algumas vezes em nossa história — a política sempre foi feita por meio da troca de favores entre membros dos Três Poderes, e, principalmente, de membros do Executivo e do Legislativo, já que, sem aprovação — mesmo que aparente — do Congresso, ninguém consegue administrar este país nem mudar a lei a seu favor, como foi feito com a aprovação da reeleição para prefeitos, governadores e Presidentes da República, obtida pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso.

Toda estrutura coletiva, seja ela uma jaula de zoológico, ou o Parlamento da Grã Bretanha, funciona na base da negociação.

Fora disso, só existe o recurso à violência, ou à bala, que coloca qualquer machão, por mais alto, feio e forte seja, na mesma posição de vulnerabilidade de qualquer outro ser humano.

O “toma-lá-dá-cá” nos acompanha há milhares de anos e qualquer um pode perceber isto, se parar para observar um grupo de primatas.

Ai daquele, entre os macacos, que se recusa a catar carrapatos nas costas alheias, a dividir o alimento, ou a participar das tarefas de caça, coleta ou vigilância.

Em seu longo e sábio aprendizado com a natureza, já entenderam eles, uma lição que, parece, há muito, esquecemos: a de que a sobrevivência do grupo depende da colaboração e do comportamento de cada um.

O problema ocorre quando nesse jogo, a cooperação e a solidariedade, são substituídas pelo egoísmo e o interesse de um indivíduo ou de um determinado grupo, e a negociação, dentro das regras usuais, é trocada por pura pilantragem ou o mero uso da ameaça e da pressão.

O corrupto, entre os primatas, é aquele que quer receber mais cafuné do que faz nos outros, o que rouba e esconde comida, quem, ao ver alguma coisa no solo da floresta ou da savana, olha para um lado e para o outro, e ao ter certeza de que não está sendo observado, engole, quase engasgando, o que foi encontrado.

O fascista é aquele que faz a mesma coisa, mas que se apropria do que pertence aos outros, pela imposição extremada do medo e da violência mais injusta.

Se não há futuro para os egoístas nos grupos de primatas, também não o há para os fascistas.

Uns e outros terminam sendo derrotados e expulsos, de bandos de chimpanzés, babuínos e gorilas, ou da sociedade humana, a dos "macacos nus", quando contra eles se une a maioria.

Já que a negociação é inerente à natureza humana, e que ela é sempre melhor do que a força, o que é preciso fazer para diminuir a corrupção, que não acabará nem com golpe nem por decreto?

Mudar o que for possível, para que, no processo de negociação, haja maior transparência, menos espaço para corruptos e corruptores, e um pouco mais de interesse pelo bem comum do que pelo de grupos e corporações, como ocorre hoje no Congresso.

O caminho para isso não é o impeachment, nem golpe, mas uma Reforma Política, que mude as coisas de fato e o faça permanentemente, e não apenas até as próximas eleições, quando, certamente, partidos e candidatos procurarão empresas para financiar suas campanhas, se elas estiverem dispostas ainda a financiá-los, como se pode ver aqui (A memória, os elefantes e o financiamento empresarial de campanha) — e espertalhões da índole de um Paulo Roberto Costa, de um Pedro Barusco, de um Alberto Youssef, voltarão a meter a mão em fortunas, não para fazer “política” mas em benefício próprio, e as mandarão para bancos como o HSBC e paraísos fiscais como os citados no livro "A Privataria Tucana".

O que é preciso saber, é se essa Reforma Política será efetivamente feita, já que é fundamental e inadiável, ou se a Nação continuará suspensa, com toda a sua atenção atrelada a um processo criminal, que tem beneficiado principalmente bandidos identificados até agora, que, em sua maioria, devido a distorcidas "delações", que não se sustentam, na maioria dos casos, em mais provas que a sua palavra, sairão dessa impunes, para gastar o dinheiro, que, quase certamente, colocaram fora do alcance da lei, da compra de bens e de contas bancárias.

Pessoas falam e agem, e sairão no dia seis de agosto às ruas também por causa disso, como se o Brasil tivesse sido descoberto ontem e o caso de corrupção da Petrobras, não fosse mais um de uma longa série de escândalos, a maioria deles sequer investigados antes de 2002.

Se a intenção é passar o país a limpo e punir de forma exemplar toda essa bandalheira, era preciso obedecer à fila e à ordem de chegada, e ao menos reabrir, mesmo que fosse simultaneamente, mas com a mesma atenção e "empenho", casos como o do Banestado — que envolveu cerca de 60 bilhões — do Mensalão Mineiro, o do Trensalão de São Paulo, para que estes, que nunca mereceram o mesmo tratamento da nossa justiça nem da sociedade, fossem investigados e punidos, em nome da verdade e da isonomia, na grande faxina "moral" que se pretende estar fazendo agora.

Ora, em um país livre e democrático — no qual, estranhamente, o governo está sendo acusado de promover uma ditadura — qualquer um tem o direito de ir às ruas para protestar contra o que quiser, mesmo que o esteja fazendo por falta de informação, por estar sendo descaradamente enganado e manipulado, ou por pensar e agir mais com o ódio e com o fígado do que com a cabeça e a razão.

Esse tipo de circunstância facilita, infelizmente, a possibilidade de ocorrência dos mais variados — e perigosos — incidentes, e o seu aproveitamento por quem gostaria, dentro e fora do país, de ver o circo pegar fogo.

Para os que estão indo às ruas por achar que vivem sob uma ditadura comunista, é sempre bom lembrar que em nome do anticomunismo, se instalaram — de Hitler a Pinochet — alguns dos mais terríveis e brutais regimes da História.

E que nos discursos e livros do líder nazista podem ser encontradas, sobre o comunismo as mesmas teses, e as mesmas acusações falsas e esfarrapadas que se encontram hoje disseminadas na internet brasileira, e que seus seguidores também pregavam matar a pau judeus, socialistas e comunistas, como fazem muitos fascistas hoje na internet, com relação aos petistas.

A questão não é a de defender ou não o comunismo — que, aliás, como "bicho-papão" institucional, só sobrevive, hoje, em estado "puro", na Coréia do Norte — mas evitar que, em nome da crescente e absurda paranoia anticomunista, se destrua, em nosso país, a democracia.

Esperemos que os protestos do dia 16 de agosto transcorram pacificamente — considerando-se a forma como estão sendo convocados e os apelos ao uso da violência que já estão sendo feitos por alguns grupos nas redes sociais — e que não sejam utilizados por inimigos internos e externos, por meio de algum "incidente", para antagonizar e dividir ainda mais os brasileiros, e nem tragam como consequência, no limite, a morte de ninguém, além da Verdade — que já se transformou, há muito tempo, na primeira e mais emblemática vítima desse tipo de manifestação.

Há muitos anos, deixamos de nos filiar a organizações políticas, até por termos consciência de que não há melhor partido que o da Pátria, o da Democracia e o da Liberdade.

O rápido fortalecimento da radicalização direitista no Brasil — apesar dos alertas que tem sido feitos, nos últimos três ou quatro anos, por muitos observadores — só beneficia a um grupo: à própria extrema direita, cada vez mais descontrolada, odienta e divorciada da realidade.

Na longa travessia, pelo tempo e pelo mundo, que nos coube fazer nas últimas décadas, entre tudo o que aprendemos nas mais variadas circunstâncias políticas e históricas, aqui e fora do país, está uma lição que reverbera, de Weimar a Auschwitz, profunda como um corte:

Com a extrema-direita não se brinca, não se alivia, não se tergiversa, não se compactua.

Quem não perceber isso — e esse erro — por omissão ou interesse — tem sido cometido tanto por gente do governo quanto da oposição — ou está sendo ingênuo está sendo fraco, ou irresponsável, ou mal intencionado.

EMPREENDEDORISMO – Taxi “pirata”? ou livre concorrência?

Uber: a história da startup mais valiosa do mundo

Por trás de toda grande história empreendedora existe algo fundamental: a necessidade de alguém! Saber identificar essa necessidade é muitas vezes a chave para o sucesso.

Autria: Caroline Melo, 4 de agosto de 2015 – Administradores.com.br

Um fato que se observa em toda grande história empreendedora é que startups surgem para melhorar algo que, digamos, não está bom no mundo. A maioria das grandes empresas, que já foram muito pequenas, surgiram com a intenção de melhorar a vida das pessoas, melhorar a experiência delas em relação a algo. Em meio a isto uma delas tem me chamado bastante atenção ultimamente: a Uber. Resolvi então pesquisar sobre a história dessa startup que já vale mais de US$ 50 bilhões e que tem causado polêmicas por onde passa devido a “disputas” com taxistas.

Como não poderia deixar de ser a Uber também surgiu através de uma necessidade. Imagine: Estavam em Paris, em uma noite fria e com nevasca, Travis Kalanick e Garret Camp, ambos recém-milionários. Travis havia vendido por US$ 20 milhões o RedSwoosh, um serviço de compartilhamento de arquivos e Garret vendeu por US$ 75 milhões o site de buscas StumbleUpon. Eram amigos e na ocasião participavam de um evento de tecnologia e empreendedorismo na cidade. Como não conseguiam encontrar um táxi, eis que surgiu a grande ideia: imaginaram um serviço onde poderia ser possível chamar um carro com motorista particular, apenas com um toque no celular.

Os amigos então voltaram para San Francisco e “amadureceram” a ideia e em março de 2009 fundaram a empresa que no começo se chamava UberCab. O aplicativo que informava a localização do passageiro através do GPS e estava disponível para iPhone e Android foi oficialmente lançado em Julho do seguinte ano. O plano inicialmente era oferecer apenas carros executivos (como o Mercedes-Benz S550 e Cadillac Escalade), o serviço seria semelhante a um táxi de luxo.

O primeiro desafio foi então tentar convencer os motoristas que já faziam esse serviço (geralmente em parceria com hotéis) a usar o Uber. Para resolução deste, pasmem, os que mais ajudaram foram os brasileiros. Apesar da falta de estatística existe um número considerável de motoristas executivos e taxistas brasileiros em San Francisco e estes foram os primeiros a “abraçarem a causa”.

Um impulso importante para a empresa veio quando a secretaria de transportes de San Francisco implicou com o nome e serviço da empresa o que a fez ganhar os holofotes. Polêmicas, controvérsias, brigas, viraram rotina para a empresa desde o início e isso a deixou também no radar de grandes fundos de capital de risco. Nesse começo uma corrida realizada pela Uber custava quase cinco vezes o que um táxi cobrava, mas isso não afastava o cliente-alvo da época: empresários e investidores endinheirados do Vale do Silício. Um dos fatos mais atraentes para o sucesso nesse início era a praticidade: chamar um carro pelo celular, através de um aplicativo, fazer a corrida confortavelmente e não precisar tirar a carteira do bolso para realizar o pagamento já que este é feito pelo próprio aplicativo.

A startup recebeu seu primeiro financiamento de risco no final de 2010, de um grupo de investidores que incluiu Chris Sacca, um dos primeiros a acreditar (colocando dinheiro) no Twitter. Depois no início de 2011 arrecadou mais de US$ 11,5 milhões e com isso pode expandir seus serviços para Nova York, onde também teve problemas com a organização que coordena táxis e limusines na cidade, mas não foi afetada grandemente e pouco depois disso introduziu o serviço em outras grandes cidades americanas como Seattle, Boston, Chicago e Washington. A primeira cidade fora dos EUA a receber o serviço foi Paris.

Em 2012 foi criado o UberX serviço que permite qualquer proprietário de veículo a virar motorista e foi a partir deste ponto que começaram grandes problemas e o crescimento da startup “bombou”. A Uber é considerada uma empresa de tecnologia disruptiva, este nome é dado para inovações com potencial para criar ou destruir mercados e o Uber esbarra constantemente em questões legais. Em toda cidade que a empresa desembarca vem os levantes de taxistas, prefeituras e órgãos oficiais contra o serviço. Diante de tanta resistência a empresa adotou uma postura incisiva, acusando as cooperativas de táxi de atuarem como cartel e proporcionando promoções agressivas nos lugares onde é proibida. Além disso a mesma alega ser uma empresa de tecnologia e não de transporte.

A empresa não possui nenhum carro, sequer motoristas contratados. Ela trabalha com parceiros cadastrados no serviço, mas não pense que é fácil se tornar um, existe uma série de exigências como: possuir uma carteira de habilitação especial, atestado de antecedentes criminais, possuir um veículo dos modelos pré estabelecido, possuir seguro para uso comercial do carro e passar por horas de entrevistas. Além disso os motoristas são ensinados sobre praticas de direção segura e boas maneiras, como exemplo, abrir e fechar a porta para o passageiro, perguntar se o ar-condicionado está agradável, se o passageiro prefere o som ligado ou desligado e qual estilo de música prefere escutar, oferecer água e manter o carro limpo. Os motoristas ainda são avaliados pelo passageiro e vice-versa, só continuam com a parceria aqueles que alcançarem uma média de 4,6 em uma escala de 0 a 5. O colaborador (motorista) é remunerado com 80% do valor pago em cada corrida.

Portanto, meus caros amigos, convenhamos o mundo muda e apesar de tantas controvérsias a empresa tem feito sucesso em boa parte do mundo e acabar com ela virou tarefa impossível eu diria. Grandes empresas sempre passam por problemas, Google e Facebook já compraram muitas brigas por suas políticas de privacidade, assim como Amazon e Apple já foram processadas por práticas anticompetitivas pelas autoridades de defesa do direito econômico. A Uber sabe de tudo isso e está bem-disposta a enfrentar os problemas e por “não largar o osso” já atraiu investidores de peso como: Bill Gates, Jeff Bezos, Google Ventures e tantos outros. A Uber vem testando os limites das legislações que regulamentam os transportes e por enquanto vem conseguindo crescer bastante, obrigado.

TIPOLOGIAS DA PRODUÇÃO

Prof. Gualber Calado

TIPOS DE PRODUÇÃO

Þ Produção Uniforme

Este tipo de produção caracteriza-se pela produção continuada do(s) mesmo(s) produto(s) utilizando o mesmo processo de fabricação.

  • a empresa produz um único produto;
  • utilização de uma única matéria-prima;
  • uma única transformação do produto.

  • Þ
    Produção Múltipla

Nesta produção a empresa fabrica mais do que um produto, utilizando várias matérias-primas.

Esta produção pode ser:

Múltipla Conjunta– a partir de uma matéria-prima ou conjunto de matérias-primas e obtêm-se assim simultaneamente vários produtos.

Múltipla Disjunta– quando a partir da mesma matéria-prima a empresa fabrica vários produtos utilizando processos diferentes.

Þ Produção por Fases

A matéria-prima é sujeita a várias transformações até a empresa obter o produto acabado, esta transformação faz-se por um processo sem paradas, designado processo contínuo ou por um processo com paradas, designado processo descontínuo.

Þ Produção por Encomenda

Esta produção é utilizada por empresas de fabricação disjunta e descontínua. É apenas iniciada a partir do momento em que dispomos de um compromisso do cliente. Assim, evita-se o estoque de produtos acabados.

Þ Produção Contínua

Considera-se uma produção contínua sempre que se trata de quantidades importantes de um dado produto. A implantação é feita em linha de produção. Assim estamos perante uma oficina de produção contínua designada de “flow shop”.

Neste tipo de produção as máquinas estão dedicadas ao produto a fabricar o que, não permite grande flexibilidade. Tem como objetivo evitar a criação de estrangulamento da produção de cada uma das máquinas. É exemplo deste tipo de produção as indústrias petroquímicas e as cimenteiras.

  • quando a interrupção da produção mostra as diferentes fases de transformação de matérias-primas;
  • grandes quantidades, de 1 ou mais produtos, pouco diferenciados;
  • utiliza linhas de produção pouco flexíveis;
  • as máquinas têm finalidades específicas;
  • pouco exigente em qualificação e supervisão de mão-de-obra;
  • reduzidos estoques em matérias-primas e produtos em vias de fabricação;
  • manutenção preventiva das máquinas;
  • produtos circulam rapidamente dentro da fábrica;
  • planejamento e controle da produção fácil.

  • Þ
    Produção Descontínua

Considera-se uma produção descontínua quando se trata de quantidades relativamente pequenas de vários produtos diferentes, utilizando um parque de matérias consideradas universais tais como tornos, fresadoras, etc.

A implantação das máquinas é realizada por oficinas funcionais que agrupam máquinas em função do tipo de tarefas que executam. Neste tipo de produção as máquinas são capazes de realizar um grande número de operações que não são específicas para um determinado tipo de produto o que lhe dá uma grande flexibilidade. É assim difícil equilibrar as tarefas, o que provoca grandes níveis de estoque.

  • quando a produção não se apresenta nas diversas fases de transformação;
  • pequenas quantidades;
  • grande flexibilidade;
  • as máquinas são agrupadas por funções;
  • exigente em qualificação e supervisão de mão-de-obra;
  • elevados estoques em matérias-primas e produtos em vias de fabricação;
  • a manutenção exige espaços e meios mecânicos;
  • as cargas dos postos de trabalhos não são equlibradas;
  • planejamento e controle da produção difícil.

QUADROS COMPARATIVOS ENTRE

A PRODUÇÃO CONTÍNUA E A PRODUÇÃO DESCONTÍNUA:

PRODUTO

Características

Contínua

Descontínua

Tipos de Ordem

Contínua / lotes importantes

Lotes

Fluxo da Produção

Sequencial

Mal definido

Variedade

Fraca

Elevada

Tipo de Mercado

Massa

Por pedido

Volume

Elevado

Médio

PESSOAL

Características

Contínua

Descontínua

Competências

Fraca

Elevada

Tipo de Tarefas

Repetitivas

Diferentes

Salários

Baixos

Elevados

OBJETIVOS

Características

Contínua

Descontínua

Quantidade

Nítida

Sujeita a apreciação

Prazos

Fixo

Ligado ao planejamento

Custos

Baixos

Médios

Flexibilidade

Fraca

Média

PLANEJAMENTO E CONTROLE

Características

Contínua

Descontínua

Produção

Simples

Difícil

Estoques

Simples

Difícil

Qualidade

Simples

Difícil

Þ Produção em Série

A produção em série caracteriza-se por:

– elevado grau de especialização técnica;

– encadeamento de operações, que originam um fluxo contínuo de operações.

Neste processo não há ordens de produção e é difícil obter custos, por lotes de produção ou por funções. As empresas assim limitam-se a calcular o custo global da produção do mês e a dividi-lo pelo número de unidades produzidas, obtendo deste modo o custo unitário de cada produto.

Þ Produção Simples

Quando a transformação da matéria-prima em produto acabado exige uma única operação.

Þ Produção Complexa

Quando a transformação da matéria-prima em produto acabado exige várias operações.

Þ Produção Única

Quando a empresa fabrica sempre o mesmo produto.

Þ Produção Ininterrupta

Quando as operações de transformação da matéria-prima se sucedem sem intervalos.

Þ Produção Multiforme

Quando a empresa utiliza processos produtivos diversos.


MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DO CUSTO DOS PRODUTOS

O processo utilizado no cálculo do custo dos produtos acabados e em curso depende do tipo de indústria, do regime de fabricação e da organização interna da empresa.

Os métodos de determinação do custo dos produtos podem classificar-se em:

Þ Método Direto– este método caracteriza-se pelo cálculo do custo de cada ordem de produção. É utilizado por empresas que trabalham por encomenda ou por ordens específicas de produção.

  • o produto é identificável ao longo de todo o processo produtivo;
  • são identificados e determinados todos os custos de produção diretos relativos ao produto ao longo de todo o processo de fabricação;
  • a identificação do produto é possibilitada pela ordem de produção.

  • Þ
    Método Indireto– caracteriza-se pela determinação mensal de um custo global de produção, no final do qual se calcula o custo unitário, através do coeficiente do custo global mensal pelas quantidades de produtos produzidos no mês. Este método utiliza-se essencialmente nas empresas com fabricação contínua e uniforme de um produto.

  • através deste método procede-se à acumulação mensal dos custos industriais, determinando-se o custo unitário dividindo o custo global do mês pela quantidade produzida
  • permite apurar o custo médio por produtos ou por unidades de produto e em cada fase do processo produtivo
    Þ Método Misto– caracteriza-se pela utilização de um dos métodos anteriores até determinada fase, continuando nas fases seguintes com outro método.

QUADROS COMPARATIVOS ENTRE O MÉTODO DIRETO E O MÉTODO INDIRETO

REGIMES DE FABRICAÇÃO

DIRETO

INDIRETO

  • Produção múltipla, diversificada e descontínua
  • Produção por encomenda ou para estoque
  • Produção uniforme ou com pequeno número de produtos.
  • Produção contínua

Produção fundamentalmente para estoque

FORMA DE CÁLCULO

DIRETO

INDIRETO

  • Por ordens de produção
  • O custo unitário nem sempre é determinado dado que a ordem de produção pode atingir artigos determinados
  • Por produtos
  • Dado que o produto é homogêneo é possível determinar o custo unitário

PERÍODO DE CÁLCULO

DIRETO

INDIRETO

Corresponde à ordem de produção

Necessariamente um mês

BIBLIOGRAFIA

Benzinho, Jorge. Rodrigues, Marcos– Técnicas de Gestão de Empresas, A Produção, ed. Escolar Editora.

Silva, Hélder Viegas. Matos, Maria Adelaide– Tecnologias 12º ano, ed. Texto Editora.

DAVIS, Mark M. et alli. Fundamentos da Administração da Produção. 3. ed., Porto Alegre: Bookman, 2001.

MARTINS, Petrônio Garcia; LAUGENI, Fernando P. Administração da Produção. São Paulo: Saraiva, 2004.

MOREIRA, Daniel A. Administração da produção e operações. São Paulo. Pioneira, 1996.

A Administração da Produção

Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.
Antoine Laurent Lavoisier

adm produção

Em uma empresa, a área de produção é responsável por desenvolver produtos ou serviços a partir de insumos (materiais, informações, consumidores) através de um sistema lógico criado racionalmente para realizar essa transformação. Slack (1999, p. 25) simplifica o conceito de administração da produção dizendo que se “trata da maneira pela qual as organizações produzem bens e serviços”.

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Um modelo de transformação é composto por input, processo de transformação e output. Os inputs são os recursos de entrada geralmente classificados recursos a serem transformados e recursos de transformação. Os recursos a serem transformados são materiais, informações e consumidores. Os recursos de transformação são compostos por instalações (prédios, equipamentos, tecnologia) e funcionários (pessoas que operam as instalações).

Em uma organização o sistema de produções pode agir em macrooperações ou em microoperações. A macrooperação se refere à produção principal de uma empresa, enquanto as microoperações se referem às produções menores que alimentam e sustentam a macrooperação. Por exemplo, uma empresa de propaganda tem sua macrooperação a campanha de divulgação de uma empresa específica que depende de microoperações como a criação do texto, o trabalho das imagens para veiculação da propaganda, a produção da mídia escolhida para a campanha.

Slack (1999) classifica as operações de produção segundo volume de output, variedade de output, variação da demanda do output e grau de contato com o consumidor envolvido na produção do output.

Pode-se definir a produção em três termos: função produção, gerentes de produção e administração da produção. A função produção se encarrega de reunir os recursos para a produção de bens e serviços. Os gerentes de produção se encarregam de controlar os recursos envolvidos pela função produção. Administração da produção é a ferramenta do gerente de produção para gerir a função produção de maneira eficiente.

O gerente de produção pode assumir duas posições em uma empresa: linha de frente ou retaguarda. Os gerentes linha de frente possuem um contato maior com os consumidores por isso atuam no processamento do consumidor. Os gerentes na retaguarda possuem um baixo contato com o consumidor por isso atuam no processamento de materiais e informações.
A administração da produção é fundamental ao gerente de produção no desenvolvimento dos processos de transformação, Slack (1999) divide-a em duas responsabilidades principais: responsabilidade indireta e responsabilidade direta.

Para Slack (1999) as responsabilidades indiretas são:

    • Informar as outras funções sobre as oportunidades e as restrições fornecidas pela capacidade instalada de produção;
    • Discutir com outras funções sobre como os planos de produção e os demais planos da empresa podem ser modificados para benefício mútuo;
    • Encorajar outras funções a dar sugestões para que a função produção possa prestar melhores “serviços” aos demais departamentos da empresa. (SLACK, 1999, p. 49)

    Segundo Slack (1999) as responsabilidades diretas são:

  • Entender os objetivos estratégicos da produção;
  • Desenvolver uma estratégia de produção para a organização;
  • Desenhar produtos, serviços e processos de produção;
  • Planejar e controlar a produção;
  • Melhorar o desempenho da produção. (SLACK, 1999, p. 49-50)

Ao final do processo de transformação dos inputs são criados os bens ou serviços (output). Esses produtos serão comercializados pela empresa para garantir sua sustentabilidade e crescimento.

Tudo que foi discutido até o momento serve para tornar a produção altamente eficiente. A preocupação com a eficácia da produção fica a cargo da estratégia de produção. Para “fazer as coisas certas” Slack (1999) destaca dois conjuntos de decisões fundamentais. O primeiro envolve a definição precisa do papel da produção na empresa e sua função para atingir os objetivos organizacionais. O segundo toma parte na tradução desse papel em objetivos de desempenho para o sistema de produção.

Slack (1999, p. 50) considera cinco objetivos de desempenho a serem seguidos pelo sistema de produção: “[…] a qualidade dos bens e serviços, a velocidade em que eles são entregues aos consumidores, a confiabilidade das promessas de entrega, a flexibilidade para mudar o que é produzido e o custo de produção”.

Fechando o ciclo de produção, é necessário ressaltar a importância do controle e da constante melhoria dos processos produtivos, assim como a constante revisão e melhoria das estratégias de produção.

Referências:
SLACK, Nigel. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1999.

Copilado de Ronaldo Guedes

Neuromarketing: 6 estímulos e 4 passos para seu cliente dizer sim

SalesBrain desenvolve metodologia neurocientífica de convencimento e de tomada de decisões das pessoas, para que empresas possam ser assertivas nas vendas
Por Priscilla Oliveira, do Mundo do Marketing | 06/04/2015

 

Um dos maiores desafios para quem trabalha na área de vendas é conseguir concluir com sucesso o atendimento a um cliente, quando ele realiza uma compra. Persuadir e comunicar não são tarefas simples, ainda mais diante dos obstáculos muitas vezes impostos pelo consumidor. Os avanços na neurociência permitiram que as empresas passassem a conhecer biologicamente o funcionamento do cérebro humano, conhecimento que as ajuda a trabalhar melhor. Os estudos realizados por meio de ressonância magnética não são acessíveis a todos os portes de companhias, mas os resultados podem nortear ações mesmo das pequenas.

Após 10 anos de estudos na área, a SalesBrain desenvolveu uma metodologia neurocientífica de convencimento e de tomada de decisão das pessoas. Denominada Neuromap, a técnica utiliza o argumento de que o cliente não é puramente racional e que, se bem trabalhadas todas as áreas do cérebro, o vendedor conseguirá obter o sim ao fim de uma abordagem. Isso porque, nesse primeiro contato, é preciso haver envolvimento de razão, emoção e prática ao mesmo tempo.

O caminho para a conclusão do negócio envolve muito mais empecilhos do que o visualizado em um ambiente de loja. “Existem processos para que uma pessoa seja envolvida no seu argumento. Algumas vezes, ela está predisposta e os passos são mais ágeis, outras é preciso repetir alguns pontos. O fundamental é saber o que motiva esse cliente e utilizar isso a seu favor. Esses seis estímulos fazem parte do processo de tomada de decisão e devem ser feitos de forma correta para obter sucesso”, conta Renato Sneider, Sócio da SalesBrain no Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.

1) Egocentrismo
Historicamente, o cérebro humano controla tudo relacionado a nossa sobrevivência e faz com que cada indivíduo pense em si em primeiro lugar. No momento da compra, o consumidor pensa em todos os fatores que fazem o produto ou o serviço ser conivente para ele, considerando preço, cor e possibilidade de troca. Nesse primeiro passo, é preciso tratar o cliente da forma como ele se vê: egoísta. Tratar isso de maneira explícita torna o vendedor persuasivo.

As recentes estratégias de Marketing já são uma prova de que colocar o público-alvo no centro das ações dá certo. “É preciso ouvir e oferecer o que o consumidor quer e atingi-lo. Quanto mais fizer isso, mais impacto terá na comunicação. Ainda há uma dose primitiva nas pessoas que as fazem se posicionar em primeiro lugar. Eles querem saber o que a empresa tem a oferecer, antes mesmo que eles prestem atenção nela”, conta Sneider.

2) Contraste
Para a comunicação ser bem aceita é preciso criar um ponto de ruptura, a fim de gerar um novo tipo de raciocínio. Argumentar mostrando questões opostas é uma maneira de dar rapidez ao entendimento. Apresentar vantagens e situações de diferença aumenta as chances de convencimento do prospect, uma vez que, sem esse esclarecimento, ele pode ficar confuso e adiar a decisão.

Ter um vendedor que entenda a fundo sobre o que vende é a melhor maneira de trabalhar esse estímulo. “Quando alguém explica o antes e depois de utilizar um produto, assim como o arriscado e o seguro, o consumidor se sente confortável para adquirir. Quando não há contraste na comunicação, a companhia retarda o processo de decisão. Fazendo essa balança, ele aceita mais rápido e vê o benefício”, diz Renato Sneider.

3) Tangível
Entre as divisões de camadas do cérebro, a que envolve a prática não entende nada que seja abstrato. Por esse motivo, ser direto e objetivo na abordagem é mais eficiente. Algumas campanhas de Marketing são feitas sem que haja uma palavra sequer dita, apenas com imagens que representam exatamente o que tem que ser entendido. Foi o caso de uma propaganda do Café Pilão, em que cada gota que saía da cafeteira causava um terremoto. Nesse caso, o conceito de forte foi entendido sem que precisasse de atores. Frases claras, como “produto que não quebra” e “mais tempo na sua vida”, são melhores do que “soluções flexíveis” e “aproximação integrada”.

Estudar o processo de formação da espécie humana pode ajudar a elaborar ações de sucesso. Um exemplo é a palavra falada, que tende a convencer mais do que a escrita. “A escrita surgiu muito depois da forma oral. Entre você conversar com o cliente e mandar um e-mail para ele, o presencial terá mais sucesso. A boa comunicação é a que se entende rápidamente e não depende do processamento da informação. Utilize palavras simples para prospectar”, pontua Sneider.

4) Começo e fim
Existem dois momentos que o ser humano armazena como informação – todo início e fim. Comumente, as pessoas lembram do primeiro carro, da primeira escola e do primeiro beijo, assim como se recordam dos últimos acontecimentos. Essa característica funciona para diversas comunicações, como apresentações pessoais, propagandas e entretenimento. Tudo que acontece em um intervalo além dos três minutos iniciais tende a ser esquecido.

A máxima “a primeira impressão é a que fica” é confirmada e, por isso, deve ser aplicada nas estratégias de vendas. “A proposta de valor tem que ser colocada nesses momentos, para causar impacto. Se houver demora, a oportunidade é perdida. Todos temos elementos de atenção e retenção durante um tempo, e ainda assim o cérebro consegue armazenar 30%. Sempre será assim, mas ensinamos técnicas de como melhorar essa atenção em workshops e fazer com que ela dure mais”, diz Sneider.

5) Visual
Uma das formas de memória é a visual. Ela é a fonte de armazenamento mais utilizada por todos os seres humanos. Um exemplo é quando alguém quer lembrar de algo e fecha os olhos, imaginando e visualizando algum acontecimento do passado. Estimular os clientes com a imagem dos produtos é mais eficiente do que falar. Ao mostrar detalhes, o vendedor fará com que eles saibam o que vão comprar e isso diminui o risco.

Tudo aquilo que pode ser tocado e visto ganha mais confiança. Por isso, em lojas virtuais, por exemplo, o máximo de informações garante uma compra segura. O uso de fotos de diversos ângulos e vídeos demonstrativos dá mais resultado do que aqueles que apresentam o básico. “O cérebro adora imagem, mas não de palavras. Mesmo que existam comentários, ele vai querer ver. Desde os tempos primitivos, a visão foi mais exigida do que o cérebro racional. É algo associado à tangência, porque ao ver você já entende, diferente de palavras, em que você terá que construir a informação”, diz o Sócio da SalesBrain.

6) Emoção
A emoção é o grande combustível para a tomada de decisão. Os acontecimentos que geram descarga de adrenalina fazem com que a memória fixe a informação. Isso significa que toda comunicação que tenha alguma emoção forte possui chances de ser armazenada. A neurociência demonstra que as reações emocionais claramente influenciam nas lembranças. Ações de Marketing com esse apelo tendem a ser recordadas e repassadas melhor do que outras.

Se em uma abordagem, o vendedor utilizar algo que tenha um elo pessoal com o consumidor, a possibilidade de concretizar a compra aumenta. “Os profissionais de Marketing precisam entender que memória é igual a emoção mais repetição. Ou seja, não adianta usar esse apelo uma vez, precisa ser recorrente. Antonio Damásio, chefe de neurociência de Stanford, tem uma frase ótima que explica esse estímulo: “Nós não somos máquinas de pensar que sentem. Somos maquinas de sentir que pensam de vez em quando”. Não adianta ser racional demais, não é isso que o cliente quer”, conta Renato.

4 passos para ser assertivo
Reconhecendo cada um dos estímulos, a etapa seguinte é executar os passos que estão interligados a cada um deles. O primeiro é diagnosticar a dor, ou seja, o que move o cliente abaixo do nível de consciência. Esse ponto tem a ver com o Egocentrismo, uma vez que será feita uma ligação com a vida do consumidor. Um exemplo deste caso foi uma mudança de comunicação da Domino’s Pizza, dos Estados Unidos. Foi detectada a dor referente à ansiedade dos clientes em o pedido não chegar no tempo esperado. A reformulação garantia entrega em menos de meia hora e, assim, a procura aumentou.

O segundo passo é diferenciar as propostas de valor, quesito associado ao contraste. Na prática, isso significa provar ao consumidor por que você é a melhor decisão. “A empresa precisa saber qual é a diferença dela para os demais. Quando isso chega aos clientes de forma rápida e clara, ele entende. É preciso que esse valor seja terapêutico à dor do cliente, original e comprovado, porque o cérebro só acredita no tangível”, diz Renato Sneider.

A demonstração é o terceiro passo para ser assertivo. As pessoas só acreditam vendo e com exemplos. Assim como no estímulo da visão, ela é associada a um ganho muito forte e torna eficiente a comunicação. Por último, o quarto passo é enviar para o cérebro do cliente quem é a empresa e como ela faz o trabalho dela. “Aqui é a hora de se entregar toda a mensagem do seu produto ou serviço, baseando-se nos etapas anteriores. É fundamental que seja transmitida com impacto”, pontua Sneider.

Em caso de alguma objeção do consumidor, é preciso reavaliar em qual etapa ele rompeu o diálogo. Uma barreira imposta pelo cliente não é uma rejeição, às vezes é apenas um novo enquadramento e ele pode mudar de ideia. “Não é necessariamente preciso começar do zero e voltar todas as etapas, mas é fundamental identificar em qual ele está bloqueando. Se o vendedor perceber o que motiva essa pessoa, já é um grande passo para o sim”, finaliza Renato Sneider.

Leia também: Como capturar atenção do consumidor. Pesquisa no Mundo do Marketing Inteligência. Conteúdo exclusivo para assinantes.

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Neuromarketing mostra como capturar a atenção do consumidor

Ciência indica os caminhos mais promissores para tornar uma peça de comunicação eficiente e relevante para as pessoas, tirando a marca do ruído em que o cérebro está envolto
Por Renata Leite, do Mundo do Marketing | 17/03/2015
renata.leite@mundodomarketing.com.br

 

Um dos principais desafios dos profissionais de Marketing hoje é dosar as ações da empresa nas mais diversas mídias e conseguir, assim, captar o interesse do consumidor. Para ter assertividade, é preciso trabalhar de acordo com os comportamentos do cérebro humano e não contra ele. O crescente conhecimento a respeito desse órgão humano vem transformando o entendimento sobre o que é capaz de conquistar a disputada atenção das pessoas.

Nem todas as marcas vêm seguindo os conselhos da neurociência. Um exemplo são os anúncios que perseguem os usuários na internet. Basta pesquisar por sofás no Google para a imagem do móvel aparecer tela após tela, por muito tempo. Ou entrar no site de uma loja para passar a ver sua peça de propaganda a todo momento. Esse tipo de ação tem o potencial de resultar em um enorme desperdício de recursos. E o Neuromarketing é capaz de explicar porquê.

É simples: o cérebro se esgota a partir de um determinado momento. “Essa sensação de bombardeamento faz com que o cérebro filtre as informações que recebe. Ele entende como algo que não é relevante e faz com que passe despercebido”, diz Juliana Lordelo, Diretora de Atendimento na Área de Brand and Communication da TNS Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.

clip_image002Habituação, a inimiga das campanhas
Muitas vezes, o tempo de exposição de uma comunicação, independente da mídia, ultrapassa seu ponto ótimo por não gerar mais engajamento substancial. Depois desse patamar ideal, a ação tem mínimo impacto na geração de awareness para a marca. O desafio é identificar essa quantidade de exposições, como destaca o estudo Brain Game – Integrated attention planning, da TNS.

A perda do efeito após um período de repetição se deve ao componente de habituação. “Funciona dessa forma para grande parte das questões sensoriais. Depois de um dia inteiro vestindo uma roupa, a pessoa já não a sente sobre a pele, por exemplo. Também acontece com aromas fortes em ambientes fechados. Ao entrar no local, o odor é intenso, mas, com o tempo, o olfato tende a se acostumar com ele”, explica Billy Nascimento, Fundador e Diretor Executivo da Forebrain, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Isso não significa que toda repetição representará desperdício de recursos, embora paulatinamente a marca vá perdendo performance e grau de atenção. Ela é importante para a fixação da mensagem que se deseja passar. Ainda assim, quanto mais comum ela se tornar para o consumidor, menos relevância ela passará a ter – se tornará pano de fundo.

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Caminhos para sair do ruído
Não é apenas o tempo de exposição que deve ser levado em consideração pelas marcas. A disputa com outras campanhas, outras informações e a intensa profusão de estímulos é grande, o que dificulta uma estratégia de Marketing a sair do ruído. Para se tornar saliente, há alguns caminhos mais promissores. Um deles é a criação de um storytelling. “O ato de contar uma história tem efeito nas reações cerebrais, porque a pessoa se envolve, se emociona, e está disposta a seguir a narrativa. Experimente dizer “era uma vez” para ver se todas as atenções não se voltam para o que você contará”, destaca o Diretor Executivo da Forebrain, empresa carioca pioneira em Neuromarketing no Brasil.

A companhia avalia mensalmente anúncios de televisão em seu estudo Brain e já conta com um banco de mais de 400 peças publicitárias analisadas. O levantamento aponta para mais alguns caminhos promissores, como o uso de determinados códigos já conhecidos da população que indicam que algo relevante acontecerá. Eles já costumam despertar a atenção naturalmente. Um deles é o recurso utilizado em uma propaganda do Santander, na qual o ator dá três batidinhas em um microfone, como quem começará um discurso.

O estudo da TNS aponta para mais uma estratégia que costuma gerar bons resultados. “O cérebro tende a lembrar melhor de tarefas não resolvidas. Um exemplo disso foi a campanha da Coca-Cola, que surpreendeu ao colocar o nome das pessoas nas embalagens. Os consumidores pensaram: “tenho que procurar uma lata com o meu nome ou com o de um amigo ou parente”. A ação também teve grande apelo emocional e fez com que muitos se envolvessem na campanha”, ressalta Juliana Lordelo.

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Ferramentas do Neuromarketing
O Neuromarketing reúne uma série de ferramentas capazes de medir o engajamento dos consumidores com uma ação de comunicação. A TNS trabalha com o conceito de Opportunity to See (Oportunidade de Ver, em livre tradução). A empresa busca reconstruir as rotinas individuais e ver em quais momentos e quantas vezes as pessoas puderam ter contato com a marca. Seja via redes sociais, em uma visita à loja, em um evento patrocinado ou em peças publicitárias.

Já há no mercado, embora ainda não seja muito usado no Brasil, aplicativos para escutas móveis que, instalados no smartphone, identificam o momento em que um consumidor assiste ao anúncio na televisão. O APP nota quando a TV está ligada na hora de exibição da peça de propaganda e registra aquela fração de minuto. “Depois de mapear toda a rotina, conseguimos avaliar quais das mídias estão tendo maior impacto no consumidor”, diz a Diretora de Atendimento da TNS Brasil.

As ferramentas do Neuromarketing, como o eye tracking e a medição das ondas cerebrais, costumam ser mais eficientes do que entrevistas realizadas com consumidores, após a exposição aos anúncios. É muito comum que, ao ser perguntado sobre os comerciais assistidos na TV ou vistos em uma revista, o espectador não se lembre deles. Isso não significa que as peças não tenham cumprido seu papel.

Comunicação torna-se experiencial
Nem sempre o que está sendo estimulado pelo Marketing é a lembrança do ponto de vista racional. “Durante muito tempo, acreditamos que a comunicação deveria ser persuasiva, de forma a convencer o consumidor sobre os benefícios de um produto. Hoje, ela é mais experiencial. O objetivo é gerar uma associação positiva entre as marcas e os conceitos. Um dos maiores esforços é o de tornar um produto familiar. O nosso cérebro tende a rejeitar tudo aquilo que é novo e desconhecido, por uma questão de sobrevivência, de autoproteção”, explica Nascimento, da Forebrain.

As técnicas de mensuração da Neurociência miram no implícito, na força associativa de atributos e em questões emocionais, que neste contexto de familiaridade são mais relevantes do que a racionalização. Mesmo sem lembrar exatamente da peça, uma marca pode ter tido sucesso em tornar seu símbolo e seu portfólio mais familiares às pessoas e, por isso, mais confiáveis, na opinião delas.

Leia também: Como capturar atenção do consumidor. Pesquisa no Mundo do Marketing Inteligência.

Como perder clientes

“O trabalho seria ótimo se não fosse por esses malditos clientes” – Jeff Andersen, em O balconista

Por: Tom Coelho, 23 de fevereiro de 2015

Após quase 15 anos como cliente da Dell Computadores eu não imaginava que utilizaria esta empresa como um exemplo de omissão e negligência. Assim, para que este artigo não pareça um mero relato pessoal de insatisfação de um consumidor, decidi convertê-lo em uma lição para empreendedores e executivos listando um triste receituário de como jogar no lixo não apenas um cliente, mas a reputação de toda uma empresa.

1. Em lugar de fazer uma venda, preocupe-se apenas em tirar um pedido

Toda venda deve ser consultiva, ou seja, focada em atender às demandas do cliente. Isso se aplica sobremaneira no caso de produtos ou serviços que possam ser customizados. Porém, quando acionei o departamento comercial da Dell, informando que realizava palestras em todo o país e que fazia uso intensivo do computador durante voos, apresentando todas as minhas necessidades a fim de formatar a melhorar configuração para o equipamento que estava adquirindo, fui ignorado, e acabei comprando uma máquina sem o recurso de teclado retroiluminado e sem conector VGA, essencial para acessar praticamente todos os projetores existentes no mercado. O adaptador HDMI não foi oferecido, sendo enviado apenas meses depois. E nem sempre funcionava. Em suma, venderam-me não uma solução, mas um problema.

2. Crie complicações

O equipamento adquirido veio com o Windows 8 pré-instalado. Como não me adaptei a esta versão, decidi fazer um downgrade para o Windows 7. Porém, isso não era possível, de modo que eu teria que pagar para ter uma versão teoricamente inferior!

3. Faça propostas absurdas

Após um ano de reclamações, a Dell aquiesceu e decidiu substituir o equipamento. Contudo, a proposta foi retirar o aparelho e apenas depois fazer a reposição. Ou seja, eu ficaria sem meu instrumento de trabalho sabe-se lá por quantos dias…

4. Seja moroso para cumprir acordos

A saída que encontrei foi comprar um novo equipamento, para depois fazer a devolução do anterior e ser restituído. Ocorre que o reembolso demorou exatos trinta dias, após várias reclamações – e não foi feito integralmente até a presente data, faltando ressarcir os acessórios.

5. Coloque gente despreparada no suporte técnico

O novo equipamento adquirido apresentou – pasme, estimado leitor – problemas diversos desde o início. O principal deles foi o sistema de áudio, impossibilitando-me, por exemplo, de fazer conferências pelo Skype. Abri um chamado técnico, mas o atendente não conseguiu solucionar o problema através do suporte on-line. Pior, comprometeu-se a buscar apoio e jamais retornou o contato.

6. Tenha gerentes omissos na supervisão

Durante as diversas trocas de e-mail tentando solucionar os problemas, fiz questão de envolver os gerentes de área, os quais eram copiados nas mensagens. Entretanto, houve quem não tivesse a dignidade de me contatar para dialogar. Liderança fraca, equipe fraca, problemas à vista.

7. Tente vencer pelo cansaço

Ignorar e-mails e telefonemas ou enviar respostas padronizadas para sinalizar alguma preocupação, sem ação efetiva, equivale a acreditar que o cliente irá desistir e aceitar suas inquietações. Isso pode até acontecer na maioria das vezes, mas não sempre…

8. Despreze o poder de um mísero cliente

Imaginar que uma empresa de pequeno porte e um único equipamento com problemas não trará maiores repercussões, é um péssimo julgamento. Este texto vai percorrer centenas de veículos na mídia, atingir milhares de pessoas, e ficará eternizado graças à tecnologia da informação de que dispomos. Tudo bem, afinal, ainda há quem pense que Marketing é coisa de marqueteiro e imagem de marca é balela.

9. Esqueça reputação e confiança

O que me tornou fiel à marca Dell foi sua assistência técnica. Já tive monitor trincado, teclado danificado que precisou ser substituído e, por contratar a garantia estendida, sempre fui prontamente atendido. Foi isso que me afastou da possibilidade de migrar para a plataforma Macintosh. O mesmo atributo que admirava, há mais de um ano esvaiu-se. Meses atrás, meu computador “apagou” cinco minutos antes de uma apresentação. Confiança conquista-se aos poucos, perde-se de uma só vez.

Eu continuo a admirar Michael Dell por sua capacidade empreendedora. O jovem que aos 19 anos, com apenas mil dólares, iniciou a construção de uma empresa bilionária, certamente não sabe o que estão fazendo com sua marca – e com seu sobrenome.

Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/como-perder-clientes/85074/

PARCERIA E SUSTENTABILIDADE

Por Abraham Shapiro

Ela é usada em diferentes contextos: na amizade, nos negócios, no casamento, religião e
até na bandidagem. Parceria! É quando duas ou mais partes estabelecem um arranjo de cooperação para realizar interesses comuns.

Uma parceria pressupõe divisão de esforços. Havendo diferença entre as partes – de conhecimento, de expertise, habilidades etc – o acordo deve ser claro sobre o papel eo quinhão de cada um. Importante é que todos deem o melhor de si.

Mas não é o se vê na prática, especialmente quando gente interesseira se coloca como justa e se une a quem de boa índole. O esperto deixa sobre o bem-intencionado todo o peso das obrigações e só retorna ao final para a divisão dos benefícios.

Como sempre, uma antiga fábula ensina sobre isto.
Dois burros caminhavam juntos. Um deles ia sem nenhuma carga no dorso pois dizia-se preferido de seu amo para a montaria. O outro carregava injustamente bem mais peso do que suas forças permitiam, e em vão implorava ao colega que, sendo parceiro, o ajudasse levando ao menos uma parte da pesada mercadoria. O primeiro ria-se, insensível às súplicas, enquanto corria livremente pelos campos.
Não tardou a que o burro extenuado, enfraquecido e sobrecarregado estrebuchasse e caísse morto.
O que fez o dono? Passou toda a carga às costas do primeiro e, de sobra, esfolou a pele do falecido animal.

MORAL DA HISTÓRIA: Dividir tarefas e ajudar o próximo para que se chegue a um objetivo comum não é só ato de bondade. É o mínimo a ser feito para que todos sobrevivam.
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Por Abraham Shapiro é consultor e coach.